Justiça solta chacareiro acusado de ajudar na fuga de Lázaro Barbosa

Elmi Caetano, 73 anos, estava preso preventivamente em Águas Lindas, no Entorno do DF, desde 25 de junho. Justiça impôs medidas restritivas

Igo Estrela/ Metrópoles

A Justiça revogou a prisão preventiva do chacareiro Elmi Caetano, 73 anos. Ele foi detido acusado de auxiliar a fuga de Lázaro Barbosa, 32, o criminoso que matou uma família moradora de Ceilândia, no Distrito Federal, e fez outras vítimas. Após uma caçada que durou 20 dias, Lázaro acabou assassinado após trocar tiros com a polícia de Goiás.

Advogado de Elmi, Ivan Barbosa disse que o fazendeiro deixou o presídio de Águas Lindas (GO), no Entorno do DF, na noite dessa sexta-feira (16/7). “O juízo revogou a prisão e aplicou medidas cautelares”, afirmou ao Metrópoles, na manhã deste sábado (17/7).

Na decisão, a juíza Luciana Oliveira de Almeida Maia da Silveira entendeu não haver perigo na soltura de Elmi. “O réu está preso preventivamente desde 25/6/2021, por força de decisão proferida por este Juízo na audiência de custódia, porquanto, naquela oportunidade, vislumbrou-se a necessidade de garantir a ordem pública, em razão da gravidade concreta dos fatos em tese praticados. No entanto, no presente momento, tenho que não persiste o perigo gerado pelo estado de liberdade”, disse.

No último dia 7, conforme mostrou o Metrópoles, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) recebeu a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) contra o chacareiro por supostamente ajudar o maníaco Lázaro Barbosa.

Com isso, Elmi Caetano tornou-se réu, com a acusação de ter cometido os crimes de favorecimento pessoal, posse irregular de arma de fogo de uso permitido, e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Na ocasião, a juíza Luciana Oliveira, da Comarca de Cocalzinho de Goiás, também indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva de Elmi Caetano, que estava detido desde o dia 24 de junho.

Relato

O caseiro Alain Reis de Santana revelou à polícia que Elmi ajudou o maníaco na fuga. O patrão teria permitido que o foragido passasse as noites na sede da chácara e o alimentava há dias. Elmi teria deixado as portas do local destrancadas, como se esperasse por Lázaro.

No dia 24 de junho, por volta das 6h30, Alain chegou para trabalhar de bicicleta e encontrou o patrão, Elmi, e o filho Gabriel. O caseiro afirma que foi mandado para o córrego, com a informação de que a bomba estaria estragada, mas não havia nada de errado com o equipamento. Para o empregado, a ordem serviu para afastá-lo da sede da chácara.

No mesmo dia, Alain viu Lázaro entrar correndo na casa para se refugiar em um quarto, mas, antes, fez um sinal para que o funcionário deixasse o local. O caseiro encontrou policiais na propriedade e, por ter sido ameaçado de morte pelo foragido, negou que o criminoso estivesse na chácara. Depois que os agentes foram embora e, em seguida, um helicóptero sobrevoou a chácara, o foragido saiu do cômodo e foi até o córrego onde costuma se esconder.

Segundo Alain, Lázaro vestia apenas roupas pretas: camisa social, calça colada ao corpo, calçado (tênis ou bota) e um boné da marca Oakley. Lázaro foi capturado, mas morreu após confronto com a polícia, no dia 28 de junho

Fonte: metrópoles