Ciro Gomes fala de “laços sólidos” entre PT e milícias digitais

O político comentou o caso Choquei, Mynd e as críticas que recebe nas redes sociais

Ciro Gomes, ex-candidato a presidente pelo PDT, usou suas contas nas redes sociais para atacar o Partido dos Trabalhadores (PT) e pedir para que a Polícia Federal investigue as ligações entre a sigla do presidente Lula com a agência Mynd.

O político, que já foi ministro de Lula, comentou o caso Choquei, perfil de fofoca que divulgou uma notícia falsa levando uma jovem de 22 anos a tirar a própria vida.

Para o pedetista, o caso da Choquei e, depois as denúncias feitas contra a Mynd, representam o que ele chama de “milícias digitais”. Ciro Gomes disse que já foi vítima de notícias falsas produzidas tanto por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, quanto por petistas.

– Como todos sabem, um dos alvos proeminentes dessas milícias digitais fui eu. Fui – e ainda sou – vítima de uma considerável quantidade de notícias falsas, sendo alvo tanto de bolsonaristas quanto de petistas. Este cenário evidencia a capacidade desses grupos em prejudicar o ambiente democrático – pontuou o político.

Em outra parte do texto, Ciro afirmou que a empresa Mynd opera há muitos anos e movimenta muito dinheiro e que tudo o leva a crer que “algumas figuras importantes dessas milícias têm laços sólidos com o PT e com o governo federal”.

– Não é de surpreender ninguém que sabe como funciona a máquina petista. Vale tudo para manter o poder, desde ataques coordenados a adversários, até corrupção da grossa – disse o ex-presidenciável.

E continuou:

– O Brasil não vai sair da situação delicadíssima que vive com esse tipo de debate. É crucial lembrar, no entanto, que a Polícia Federal deveria entrar de cabeça nessa apuração. Se milícias digitais estão sendo financiadas com dinheiro público (inclusive de partidos políticos), que sejam investigadas, identificadas e punidas.

LEIA NA ÍNTEGRA:
Dominou as redes sociais no início deste ano, principalmente entre bolsonaristas, o caso de uma empresa de marketing digital (ou de influencers), dona de vários blogs de fofocas, que entrou na mira da polícia após o caso de fake news que levaram tragicamente uma jovem a tirar a própria vida.

As milícias digitais, que tanto denunciei nos últimos anos, são máquinas de destruição de reputações e, invariavelmente, sem punição a quem as cria, as contrata, e a quem repercute as notícias falsas.

Como já abordei várias vezes, é imperativo reconhecer que em um contexto onde o diálogo construtivo deveria prevalecer, essas práticas são uma forma de sabotagem ao debate público.

Como todos sabem, um dos alvos proeminentes dessas milícias digitais fui eu. Fui – e ainda sou – vítima de uma considerável quantidade de notícias falsas, sendo alvo tanto de bolsonaristas quanto de petistas. Este cenário evidencia a capacidade desses grupos em prejudicar o ambiente democrático.

No caso do suicídio da menina Jéssica, uma apuração do jornalista Rodrigo da Silva, do site Spotniks, mostra de forma muito clara como esse grupo que tem a empresa Mynd8 de fundo, opera há muitos anos e como movimenta muito dinheiro, principalmente no mundo dos tais “influenciadores”.

Mas, mais que isso, diversas informações, que inclusive estão começando a ser abordadas na imprensa, levam a crer que algumas figuras importantes dessas milícias têm laços sólidos com o PT e com o governo federal.

Não é de surpreender ninguém que sabe como funciona a máquina petista. Vale tudo para manter o poder, desde ataques coordenados a adversários, até corrupção da grossa.

Mas, como boa parte do que vem sendo dito sobre essa história terrível tem saído de grupos bolsonaristas, que também têm as mãos tão sujas quanto as do PT, tudo é levado para a vala da polarização e para debaixo do tapete que cobre a ambos.

O Brasil não vai sair da situação delicadíssima que vive com esse tipo de debate. É crucial lembrar, no entanto, que a Polícia Federal deveria entrar de cabeça nessa apuração. Se milícias digitais estão sendo financiadas com dinheiro público (inclusive de partidos políticos), que sejam investigadas, identificadas e punidas.

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