PF faz ação contra quadrilha que trocou malas de brasileiras

Operação tem como objetivo cumprir 45 mandados judiciais, sendo dois de prisão temporária e 16 de prisão preventiva

A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta terça-feira (18), a segunda fase da Operação Efeito Colateral, que visa prender integrantes da quadrilha responsável por um esquema de tráfico internacional de drogas que levou injustamente para a prisão na Alemanha as brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, em março deste ano.

Jeanne e Kátyna foram vítimas de um esquema de troca de malas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, enquanto aguardavam o voo que as levaria para a cidade alemã de Frankfurt. As duas ficaram 38 dias presas depois que as autoridades alemãs encontraram cocaína nas bagagens

De acordo com informações da PF, a ação tem como objetivo cumprir 45 mandados judiciais, sendo 27 de busca e apreensão, dois de prisão temporária e 16 de prisão preventiva, nas cidades de Guarulhos e São Paulo. Segundo o portal G1, 17 pessoas já tinham sido presas até 7h30 desta terça.

Ainda segundo a Polícia Federal, a corporação conseguiu identificar os mandantes do crime e outros integrantes da quadrilha, que seria responsável pelo envio de cocaína para a Europa em outras duas oportunidades: uma para Portugal, em outubro de 2022, e outra para a França, em março desse ano.

SOBRE O CASO
Jeanne e Kátyna ficaram presas injustamente por mais de um mês na Alemanha por tráfico de drogas após terem malas trocadas no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, por funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviços para empresas aéreas. As etiquetas das malas que as mulheres despacharam foram colocadas em outras bagagens, que levavam 40 quilos de cocaína.

Imagens de câmeras do aeroporto mostraram o momento em que um funcionário trocou as etiquetas de identificação das malas de Kátyna e Jeanne, que depois seguiram para Frankfurt, na Alemanha. Com isso, após 14 horas de viagem, as brasileiras foram paradas pela polícia alemã e presas em flagrante por tráfico internacional de drogas.

As duas então tentaram explicar que não eram donas das malas que foram apreendidas pelos policiais, mas não adiantou, já que os nomes delas estavam nas etiquetas coladas nas bagagens.