CLDF: Empresário nega financiamento de atos antidemocráticos em depoimento à CPI

Na manhã desta quinta-feira (13), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) realizou uma oitiva com o empresário Joveci Xavier de Andrade. Joveci é sócio de quatro empresas e afirmou que não ajudou a financiar os atos antidemocráticos que ocorreram no dia 8 de janeiro.

No início do depoimento, Joveci negou ter participado de atos e manifestações, mas foi confrontado com uma foto sua em uma manifestação, e acabou admitindo que esteve lá. Ele afirmou que não patrocinou a alimentação, o trio elétrico, os outdoors ou as faixas de protesto para as manifestações, e que sua empresa não compactua com essas ações. Ele também afirmou que não participou de vaquinhas nem doou mercadorias.

Joveci disse que não pode responder pelo seu sócio, Adauto, enquanto pessoa física. Ele conseguiu um habeas corpus que lhe permitiu permanecer em silêncio e não ser submetido ao juramento de dizer a verdade, mas mesmo assim compareceu à oitiva e respondeu às perguntas dos parlamentares.

O empresário afirmou que suas empresas geram cerca de mil postos de trabalho e citou os nomes de cada uma delas. Ele admitiu ter ido ao Quartel General algumas vezes, mas disse que se sentia seguro lá como empresário. Ele também afirmou ter ido à Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, mas não invadiu nenhum prédio público.

Ele disse que acredita na democracia e nas urnas, e que defende o direito de manifestação. Ele afirmou que é um democrata e que já votou no presidente Lula em outras eleições. Ele disse que todo cidadão tem o direito de se manifestar e pedir a saída de um governante, mas que é impossível não reconhecer o governo e o presidente. Ele afirmou que tem que torcer para que o presidente faça um bom governo, porque depende disso para manter suas empresas.