Polícia prende 20 pessoas suspeitas de movimentar R$ 10 milhões em golpes na internet

Operação ocorreu no Distrito Federal e em Goiás; agentes cumpriram 30 mandados de busca e apreensão. Suspeita é de que criminosos fizeram mais de 200 vítimas.

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta sexta-feira (11), 20 pessoas suspeitas de integrar grupo criminoso especializado em aplicar golpes na internet. De acordo com a investigação, os criminosos fizeram 200 vítimas e movimentaram mais de R$ 10 milhões.

Além das prisões, os agentes cumpriram 30 mandados de busca e apreensão. A ação ocorreu em: Santa Maria, Ceilândia, Gama, Riacho Fundo I, Sobradinho, Gama, Planaltina, Goiânia (GO), Novo Gama (GO) e Cristalina (GO).

A investigação começou em março de 2021, quando os policiais identificaram um golpe aplicado pelo grupo em Taguatinga. Os suspeitos entraram em contato com uma empresa e se passaram por um funcionário de banco.

Em seguida, eles induziram a vítima a acessar um site falso e, com as informações dela, conseguiram subtrair R$ 200 mil por meio de transferências. A partir desse caso, os policiais deram início às investigações.

O nome dos suspeitos não foi divulgado. Eles vão responder pelos crimes de: fraude mediante por meio eletrônico, estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, que se somadas, têm penas de mais de 30 anos de prisão.

Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam celulares, máquinas de pagamento e diversos cartões. Durante as prisões, três suspeitos tentaram descartar aparelhos celulares no vaso sanitário ().

Golpes

Os investigadores identificaram que o grupo praticava diversos tipos de fraudes para enganar as vítimas. Entre elas, estava o “golpe do falso boleto”.

O grupo, segundo a polícia, tinha páginas falsas de bancos e financeiras, que eram usadas para induzir pessoas a compartilhar os próprios dados e fazer pagamentos fraudados. Os débitos eram creditados em contas de empresas ligadas ao grupo, que foram criadas para integrar o esquema.

Outro golpe aplicado pelo grupo é o do falso perfil em aplicativos de comunicação. Eles se passavam por outra pessoa nas redes sociais para pedir dinheiro aos familiares.

‘Grupo estruturado’

A Polícia Civil disse ainda que o grupo era “estruturado” e que cada integrante desempenhava uma função específica. Veja abaixo:

  • Líder: determinava todas ações
  • Hacker ou invasor: vendia informações ou softwares de invasões para o líder do grupo criminoso
  • Chefes de núcleo: atuavam em Santa Maria e Planaltina no comando de ações
  • Recrutadores ou administradores: buscavam pessoas para ceder as contas bancárias que receberam dinheiro dos golpes
  • Repassadores: integrantes que forneciam as contas bancárias que recebiam o dinheiro dos crimes. Em média, ganhavam 10% em troca

A investigação identificou que parte dos suspeitos tinha antecedentes por crimes como estelionato, ameaça, injúria, porte ilegal de arma de fogo, roubos, homicídio tentado, coação no curso do processo, posse de drogas e outros.

Fonte:  g1 DF.