Imagem registrada pelo rover Yutu 2 de “cubo” gerou especulações nas redes
No blog Our Space, da própria agência espacial chinesa, a equipe brincou que a estrutura poderia ser uma nave abandonada ou uma base alienígena utilizada para paradas em viagens interplanetárias. Infelizmente a realidade é bem mais sem graça que a ficção científica (exceto se a ficção científica é um evento pós apocalíptico, porque não é nada legal viver nesses universos), e o rover Yutu 2 percorreu — lentamente — 100 metros para fotografar a pedra. A CNSA precisava mesmo levar seu jipe espacial para aquele ponto? Provavelmente sim. Afinal, o lado escuro da lua é pouco estudado e Yutu 2 é o primeiro objeto humano a pousar no lugar, então há muito o que conhecer da geologia do local.
Primeira imagem mostra uma panorâmica da região da “cabana”. Na segunda imagem vemos um zoom na própria cabana. Fonte: Divulgação/CNSA.
A demora em percorrer os 100 metros se deve ao fato de Yutu 2 ser movido a energia solar e o lado escuro da Lua só receber duas semanas de iluminação do sol. O que é basicamente um dia na Lua. Ou seja, são duas semanas que o rover fica desligado, sem receber energia para se mover. E se isso não fosse o bastante, ele se locomove devagar e a agência espacial chinesa precisa ter cuidado com a superfície lunar, que além de irregular possui diversas crateras. Qual governo quer desperdiçar milhões de dólares por uma direção perigosa de um veículo que não pode ser consertado? Entretanto, Yutu 2 chegou no seu destino bem mais rápido do que o anunciado anteriormente. A CNSA esperava que demorasse dois meses.
Agora que a cabana misteriosa foi descoberta, Yutu 2 pode dar sequência na exploração do lado de escuro da lua.
