Seu Ruim: Justiça mantém condenação de Arruda na Caixa de Pandora

Caixa de Pandora: Justiça do DF mantém condenação de ex-governador Arruda por corrupção de testemunha

Na mesma ação, 3ª Turma Criminal do TJDFT anulou condenação por falsidade ideológica. Pena total passou de oito para cinco anos de reclusão.

A 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) negou recurso e manteve a condenação do ex-governador José Roberto Arruda por corrupção de testemunha no âmbito da Operação Caixa de Pandora. O político teve a pena fixada em cinco anos em regime semi-aberto.

José Roberto Arruda

A 3ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manteve a condenação do ex-governador do DF José Roberto Arruda e de outros três réus por corrupção de testemunha, no âmbito da Operação Caixa de Pandora. A pena de Arruda foi fixada em 5 anos e 20 dias de reclusão em regime semiaberto.

Recursos

Após a sentença, os réus recorreram à segunda instância alegando que não foi comprovada a participação deles nos crimes. Geraldo Naves afirmou que teve a defesa cerceada ao longo do processo e que não ofereceu dinheiro para que Edson Sombra mentisse à polícia.

Já Antônio Bento da Silva disse que foi alvo de uma “arapuca” do jornalista, após não conseguir marcar um encontro entre o então governador e Sombra, a pedido dele. Arruda também acusou o jornalista de armação.

Os advogados de Rodrigo Diniz Arantes afirmaram que ele “nunca manteve qualquer tipo de tratativa com ninguém, a fim de influir em depoimento de testemunha em processo criminal”.

Gravação

A ação foi gravada e monitorada pela Polícia Federal. No ato, Antônio Bento acabou preso em flagrante. José Roberto Arruda, em razão desses fatos, em 12 de fevereiro de 2010. O ex-governador ficou retido na Superintendência da Polícia Federal.

Além de Arruda e Antônio Bento, o ex-deputado distrital Geraldo Naves e Rodrigo Diniz Arantes também receberam condenações. Segundo os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPDFT, “as provas dos fatos são irrefutáveis, e a condenação corresponde ao anseio social de punição dos agentes públicos que traem a confiança da população”.

O escândalo da Caixa de Pandora revelou um dos maiores esquemas de corrupção já vistos no DF. A operação se passou em 2009. Uma série de vídeos vieram à tona, e depoimentos foram prestados apontando indícios de corrupção durante a campanha eleitoral que levou Arruda ao poder.