A obra, que deve durar dois anos, será iniciada logo após o período das chuvas. Objetivo é diminuir trânsito no centro da cidade
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
O objetivo é evitar a retenção de veículos nos semáforos do centro da cidade. Com a conclusão da obra, os carros que estiverem na Elmo Serejo, sentido Plano Piloto, vão mergulhar pelo túnel e sair na Estrada Parque Taguatinga (EPTG).
O investimento é de R$ 275 milhões, com recursos provenientes de financiamento firmado pelo GDF com a Caixa Econômica Federal. A execução está sob responsabilidade do consórcio Novo Túnel. A obra deve ser iniciada após o período das chuvas.
Transtornos
A circulação de carros e ônibus será afetada durante a execução da obra. Um trecho de quase 1,3 quilômetro, do viaduto da Elmo Serejo até o viaduto da EPTG com a EPCT, sentido Ceilândia-Plano Piloto, na Avenida Central de Taguatinga, por exemplo, será interditado.
A Secretaria de Mobilidade (Semob), o Departamento de Trânsito (Detran) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) estudam novas alternativas. Entre elas está o desvio do fluxo de veículos de quem viaja em direção ao Plano Piloto para a Avenida das Palmeiras, paralela à Avenida Central.
A via alternativa passará pelo Pistão Sul até a alça de acesso à EPTG no viaduto na entrada de Taguatinga. Desta forma, seriam construídos acessos da Elmo Serejo para Avenida das Palmeiras, e desta para a via EPCT, no Pistão Sul.
Com isso, para os motoristas que fazem o sentido Ceilândia/Plano Piloto, a Avenida das Palmeiras teria sentido único. Seriam quatro faixas de rolamento destinadas ao fluxo de veículos. Já no sentido Plano Piloto/Ceilândia, a ideia é manter três das quatro faixas de rolamento do centro de Taguatinga em funcionamento.
A definição dessas mudanças, no entanto, ainda não foi tomada.
Problemas no consórcio
A execução contratual foi suspensa após recebimento de representação que questionava a habilitação do Consórcio Novo Túnel na licitação. O documento relatava que uma das participantes do Consórcio, a empresa WVG Construções e Infraestrutura Ltda., era subsidiária integral da Construtora Beter S/A, que havia sido declarada inidônea para licitar e contratar com a Administração Pública.
O processo no TCDF discutia se a penalidade imposta à Construtora Beter poderia ser estendida à WVG Construções, o que implicaria na desclassificação do consórcio na licitação.
Após a suspensão cautelar da licitação, o Tribunal de Contas havia parado o processo para aguardar o exame de mérito de uma ação judicial que tramitava na 9ª Vara Federal Cível de São Paulo, que tinha como objeto o mesmo questionamento sobre o consórcio.
Recentemente, a Secretaria de Obras e Infraestrutura do DF e o Consórcio Novo Túnel noticiaram à Corte de Contas que a composição do Consórcio Novo Túnel foi alterada, com a exclusão da empresa WVG Construções e Infraestrutura Ltda. O fato teve manifestação favorável da Procuradoria-Geral do DF (PGDF).
Com essa alteração, os conselheiros do TCDF entenderam que o questionamento feito na representação inicial perdeu a razão de existir. Assim, retomou o julgamento do processo sobre a licitação e decidiu pela continuidade da execução contratual