Paranoá: Menino de 3 anos fratura crânio ao brincar em academia comunitária

Por Bárbara Lins, TV Globo

Criança se machuca em uma academia comunitária no Paranoá

Criança se machuca em uma academia comunitária no Paranoá

Menino de 3 anos fratura crânio ao brincar em academia comunitária no DF

Um menino de 3 anos sofreu uma fratura no crânio e uma lesão no olho direito após cair enquanto brincava em uma academia comunitária no Paranoá, no Distrito Federal. Nesta terça-feira (7), o menino se recuperava após dois dias internado no Hospital de Base.

O caso aconteceu na última quarta-feira (1º) e, de acordo com a mãe da criança, Rosilda de Brito, João Miguel usou os equipamentos de ginástica porque o parquinho, ao lado, estava “sem condições de uso” (veja na reportagem acima). O menino estava acompanhado da irmã de 8 anos.

Parquinho na quadra 21 do Paranoá, tem brinquedos quebrados — Foto: TV Globo/Reprodução

Parquinho na quadra 21 do Paranoá, tem brinquedos quebrados — Foto: TV Globo/Reprodução

Rosilda conta, ainda, que estava em casa quando a filha correu para avisar que João Miguel havia se machado, cerca de 20 minutos após terem saído de casa. A academia comunitária, na quadra 21 da região, tem equipamentos de ferro e piso de cimento.

“Quando chegamos lá, tinha uma multidão em volta. A minha filha entrou em pânico achando que ele tinha morrido. Eu, no desespero, peguei ele nos braços e saímos correndo para o hospital”, conta a mãe da criança.

À esquerda, Rosilda de Brito, mãe de João Miguel (à direita), de três anos, machucado após cair em academia comunitária do DF — Foto: TV Globo/Reprodução

À esquerda, Rosilda de Brito, mãe de João Miguel (à direita), de três anos, machucado após cair em academia comunitária do DF — Foto: TV Globo/Reprodução

Parquinhos sem condições

O parquinho próximo à casa de João Miguel também fica na quadra 21 e estava com brinquedos quebrados, mato alto e acúmulo de água, em razão das chuvas. O cenário se repete em parquinhos de outras regiões da capital federal.

A área de lazer destinada às crianças no Deck Norte, no Lago Norte, também apresenta equipamentos sem condições de uso. Um escorregador no local, por exemplo, tem ferragens soltas (veja na imagem abaixo).

Escorregador danificado em parquinho do Deck Norte, região do Lago Norte, no Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reprodução

Escorregador danificado em parquinho do Deck Norte, região do Lago Norte, no Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reprodução

Em Samambaia Sul, o mesmo problema. A reportagem foi chamada por um grupo de crianças para visitar o parquinha da quadra 113. Elas reclamaram da falta de estrutura, da vegetação sem manutenção e do acúmulo de lixo.

Lixo acumulado no parquinho público da região de Samambaia Sul, no Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reprodução

Lixo acumulado no parquinho público da região de Samambaia Sul, no Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reprodução

O que diz o GDF?

Em nota à TV Globo, a Administração do Paranoá, onde João Miguel se machucou, afirmou que “o parquinho da quadra 21 do Paranoá está no cronograma de reformas estipulado pelo programa de Central de Recuperação de Parquinhos”.

O órgão reconhece que há “problema antigo” no reparo de parquinhos do Paranoá e que pretende consertar os 44 que existem na região ao longo de 2020.

A Administração de Samambaia informou à reportagem que tem buscado recursos via emendas parlamentares e com a iniciativa privada para fazer os reparos necessários.

Já a Administração do Plano Piloto afirmou que cuida de 224 parquinhos mapeados e que todos foram vistoriados ou passaram por algum tipo de reparo no passado.

Fonte: G1 DF.