Concurseiros: Candidatos beneficiados pela máfia dos concursos são presos pela PCDF

Polícia Civil faz nova operação contra máfia dos concursos no DF

Entre os alvos, estão professores da Secretaria de Educação que teriam conseguido aprovação em processos seletivos de forma fraudulenta

A Polícia Civil do DF deflagrou nesta quarta-feira (28/3) a terceira fase da Operação Panoptes, que mira uma organização criminosa articulada para fraudar concursos públicos. Segundo o Bom Dia DF, estão sendo cumpridos 23 mandados de prisão, busca e apreensão. Entre os alvos, estão professores da Secretaria de Educação que teriam conseguido aprovação em processos seletivos de forma fraudulenta.

Metrópoles tenta contato com a Secretaria de Educação.

A primeira fase da operação foi deflagrada em 21 de agosto do ano passado. Na ocasião, foram cumpridos mandados de prisão preventiva contra Helio Garcia Ortiz, o filho dele, Bruno de Castro Garcia Ortiz, Johann Gutemberg dos Santos e Rafael Rodrigues da Silva Matias.

Helio Ortiz é considerado o chefe da organização criminosa. Bruno, segundo a polícia, agia de forma operacional; Rafael seria seu braço direito; e Johann facilitava o esquema fornecendo graduação e pós a quem precisasse e pagasse bem.

Em outubro, ocorreu a segunda fase da operação. Na ocasião, a PCDF desarticulou um grupo que pretendia fraudar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por meio de ponto eletrônico. O ex-funcionário do Cespe (atual Cebraspe) Ricardo Silva do Nascimento foi preso preventivamente. De acordo com as apurações, ele preenchia os gabaritos dentro da instituição vinculada à Universidade de Brasília (UnB).

Durante as investigações da Panoptes (referência ao monstro da mitologia que tinha 100 olhos), a PCDF identificou pelo menos três modus operandi da quadrilha. O grupo agia com a utilização de pontos eletrônicos, uso de identidades falsas para que outras pessoas fizessem a prova no lugar dos inscritos, além do uso de celulares

Histórico

Em 2009, o ex-técnico judiciário do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), Helio Garcia Ortiz foi indiciado pela Polícia Federal por falsificação de documento público, estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso. Foi acusado de liderar a máfia dos concursos e cometer uma série de crimes em processos seletivos públicos no Distrito Federal.

Em maio de 2006, Helio Ortiz foi alvo da Operação Galileu, deflagrada pela Polícia Civil do DF, após suspeita de fraude do concurso da própria corporação, realizado em 2004. Na época, ele foi acusado de burlar 12 concursos.

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