A Ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia Antunes Rocha, adquiriu uma mansão no Lago Sul, bairro nobre de Brasília e pode ter caído em armadilha montada pelo doleiro Fayed Traboulsi, envolvido na operação Lava Jato da Polícia Federal.
No dia 19 de setembro de 2013 o principal doleiro da capital da federal foi surpreendido as 6 hs da manhã pela Polícia Federal com mandato de prisão e busca e apreensão em suas propriedades, era a operação Miqueias que investigava fundos de previdência e pensão, deflagrada naquele dia.
A delegada Andréia Pinho conduziu o preso Fayed na viatura da PF até o endereço de outra propriedade na QI 17 conjunto 12 casa 11 Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça na operação Miqueias identificou várias propriedades do doleiro Fayed Traboulsi em nome de terceiros, usados como laranjas.
A propriedade adquirida pela ministra do STF foi no valor de R$ 1.7 milhão, mas no mercado imobiliário a casa é avaliada por pouco mais de R$ 3 milhões. Seria um bom negócio para a ministra se não fosse o nome da proprietária, Andréa Felipe Ramos, casada com Alexandre Chaves Ribeiro, sócio do bicheiro Carlos de Almeida Ramos, conhecido como Carlos Cachoeira.
Alexandre Chaves em parceria com Carlos Cachoeira e outro comparsa estavam envolvidos no escândalo dos Correios que deu início ao mensalão e a cassação do deputado federal do PMDB do Rio de Janeiro, André Luiz, na CPI dos Bingos. A mansão adquirida pela ministra do Supremo, Carmen Lúcia, estava em nome de Andréa Felipe Ramos e era usada como endereço de várias pessoas, entre elas o deputado federal peemedebista do Ceará, Mário Feitoza de Carvalho Freitas, investigado por suspeita de crime financeiro no caso do Banco Mercantil em 1996.
Em depoimento a Polícia Federal o doleiro Fayed Traboulsi confessou ser o proprietário da casa, dizendo ter recebido em pagamento de dívida. Coincidência ou não, o casal laranja de Fayed e proprietário da casa, recebeu informações da operação e fugiu na madrugada fazendo toda a mudança do imóvel. A delegada que pensava surpreender Alexandre e Andréa ficou na viatura aguardando a chegada do chaveiro. Ao entrar na mansão constatou a mudança repentina do casal. O doleiro Fayed Traboulsi é sócio de Carlos Habib Chater, preso na operação Lava Jato acusado de tráfico de drogas e lavagem do dinheiro da corrupção da Petrobras e empreiteiras envolvidas no caso.
Fayed e Carlos Habib Chater usaram CPFs de várias pessoas e empresas para lavar dinheiro oriundo de corrupção e tráfico de drogas. Fayed montou empresas no nome da esposa e dos filhos para enviar dinheiro sujo para paraísos fiscais no exterior e também trabalhava em dupla com Carlos Habib nos pagamentos de propinas oriundos de corrupção, atuando como um braço do doleiro Alberto Youssef, também preso na operação Lava Jato e fazendo pagamentos aos políticos em Brasília. Curioso é Fayed apesar da participação comprovada na operação Lava Jato, não ter tido sua prisão decretada.
Agora, Fayed montou uma luxuosa casa de jogos clandestino em Brasília e esta sendo investigado pela Polícia Civil do DF apontado como chefe de um esquema de lavagem de dinheiro através de jogos ilícitos. A Polícia Civil do DF montou uma operação com agentes infiltrados que documentaram o esquema de lavagem de dinheiro. O nome de operação Lava Jato foi criado pela Polícia Federal com base no posto de gasolina em Brasília dos sócios, Fayed Traboulsi e Carlos Habib Chater.