A deputada distrital Telma Rufino, a única que foi eleita pelo Partido Pátria Livre (PPL), não teria resistido as fortes pressões e teve que abrir mão de seis cargos mais robustos de seu futuro gabinete para o ex-diretor do DFTrans e dono do PPL, Marco Antônio Campanella, candidato derrotado a deputado federal nas últimas eleições.
Campanella teria exigido dois “cargos de natureza especial” (CNE 1), bem como os cargos especiais de gabinete (CL-15 e CL14), para serem ocupados por familiares do dirigente do PPL.
A exigência teria criado uma insatisfação entre a parlamentar eleita de primeiro mandato e o voraz presidente do PPL. Os aliados de Telma Rufino que participaram da campanha dela e que esperavam continuar como assessores da parlamentar na Câmara Legislativa, terão agora que procurar outros gabinetes ou se contentarem com contracheques menores.
Os cargos de destaque que chegam a R$ 16.596,76 ficaram com Marco Capanella. Telma Rufino estaria com dificuldades até mesmo de nomear o seu chefe de gabinete, já que não dispõe mais do CNE 1.
Um dos melhores negócios no Brasil é ser dono de partido político. Convive-se com 32 deles, dos quais 28 terão bancadas no Congresso em 2015. O novato PPL não conseguiu fazer nenhum deputado federal. O presidente regional do PPL-DF, Marco Capanella conseguiu apenas 1.14% ou 16.622 votos. A desastrada aventura não abalou o candidato que é dono de um partido e entende que, no Brasil, trata-se de um ativo financeiro de alto retorno, sem risco e com recursos públicos.
O dirigente do PPL espera agora, ansiosamente, que o governador Rollemberg cumpra com o acordo de dar ao “Partido” a Administração de Santa Maria. A moeda de troca para o suposto acordo teria sido o voto da distrital Telma Rufino em favor da deputada Celina Leão (PTD) para a presidência da CLDF. Como se vê, Telma Rufino é deputada, mas corre o risco de continuar refém de Campanella e não mandar nem no seu próprio gabinete.
Fonte: http://www.radarcondominios