Uma das vítimas foi decapitada ainda dentro do local; outras mortes aconteceram fora da igreja
Um ataque com faca deixou pelo menos três mortos na basílica de Notre-Dame de l’Assomption em Nice, na França, por volta das 9h (horário local, 5h de Brasília). As vítimas seriam um homem e duas mulheres.
De acordo com o jornal francês Le Monde, outras pessoas ficaram feridas. Duas mortes aconteceram dentro da igreja — sendo que uma mulher foi decapitada. A terceira aconteceu fora, em um bar, onde a vítima tentava se proteger.
A vítima do sexo masculino seria o guardião da igreja. A policia nacional e municipal interviram e o homem que atacou foi preso após ser baleado pelos oficiais.
O primeiro-ministro da França, Jean Castex, classificou o atentado como “imóvel, bárbaro e abjeto” e prometeu que resposta vai ser “firme, implacável e imediata”.
Uma reunião extraordinário do Conselho de Defesa do país vai acontecer já na sexta-feira (30), após o governo anunciar que elevou o nível de vigilância terrorista para máxima.
Em pronunciamento após o ataque, o presidente Emmanuel Macron emitiu uma mensagem de união e, após afirmar que “a França está sobre ataque”, afirmou que o país não vai ceder.
Bouleversé par les 3 victimes dont 2 décédées a l’intérieur de la Basilique #NotreDameet notamment le gardien si apprécié par les paroissiens. #Nice06 a payé un trop lourd tribu au meme titre que notre pays depuis quelques années. J’appelle à l’unité des Niçois.
— Christian Estrosi (@cestrosi) October 29, 2020
No dia 16 de outubro o professor Samuel Paty foi decapitado na região de Conflans-Sainte-Honorine, a cerca de 30 quilômetros de Paris.
O docente de história mostrou, em uma de suas aulas, uma caricatura de Maomé em uma aula sobre liberdade de expressão — o que irritou vários muçulmanos. No fim de setembro, pelo menos quatro pessoas ficaram feridas também após um ataque a facas próximo aos escritórios do jornal francês Charlie Hebdo, na capital francesa.
No início daquele mês a revista satírica francesa levou às bancas as charges de Maomé que, em 2006, tornou-se alvo de jihadistas. Ainda não se sabe se há relação entre as ocorrências.