Rollemberg: “O que nós estamos fazendo aqui, sem dúvida alguma, é uma inovação”

Memorial dos Povos Indígenas, Plano Piloto, Brasília, DF, Brasil 29/8/2017 Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília. O governo de Brasília criou nesta terça-feira (29) o Lugar de Cultura. O decreto que instituí o programa foi assinado pelo governador Rodrigo Rollemberg, pelo secretário de Cultura, Guilherme Reis, e pela colabora do governo Márcia Rollemberg.

Decreto que institui o Lugar de Cultura foi assinado nesta terça-feira (29) pelo governador Rodrigo Rollemberg

CIBELE MOREIRA, DA AGÊNCIA BRASÍLIA

O governo de Brasília criou nesta terça-feira (29) o Lugar de Cultura. O decreto que institui o programa foi assinado pelo governador Rodrigo Rollemberg, pelo secretário de Cultura, Guilherme Reis, e pela colaboradora do governo Márcia Rollemberg.

O secretário de Cultura, Guilherme Reis; o diretor do Memorial dos Povos Indígenas, Álvaro Tukano; o governador Rodrigo Rollemberg e a colaboradora do governo Márcia Rollemberg. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

O governador se mostrou otimista e lembrou que o programa marca uma série de ações para a recuperação e valorização dos espaços culturais independentes e públicos. “O que nós estamos fazendo aqui, sem dúvida alguma, é uma inovação”, observou.

Para ele, essa é mais uma conquista importante para o setor. “Eu tenho percepção muito clara do papel transformador da cultura, no sentido de construir uma cidade mais feliz, mais justa e de mudar paradigmas, para que Brasília não apenas possa respeitar, mas também valorizar a sua imensa diversidade em todas as suas formas”, ressaltou Rollemberg.

“Eu tenho percepção muito clara do papel transformador da cultura, no sentido de construir uma cidade mais feliz, mais justa e de mudar paradigmas”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília

O titular da pasta explicou o papel do novo programa. “O Lugar de Cultura propõe significativos avanços para a recuperação e fortalecimento dos espaços culturais, desde a execução de obras fundamentais a um pensamento mais moderno de gestão e sustentabilidade.”

De acordo com o secretário, esse é um marco que celebra os 30 anos da declaração de Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade. Para ele, esse é um momento de reflexão sobre a responsabilidade diante do bem público.

Guilherme Reis aproveitou a solenidade, no Memorial dos Povos Indígenas, para assinar quatro portarias normativas importantes da área. Elas contemplam:

  • Estímulo e valorização da dança
  • Chamamento público para a programação do Centro de Dança
  • Criação de um café no Cine Brasília
  • Gestão compartilhada do Memorial dos Povos Indígenas

Previsto na Lei Orgânica da Cultura (LOC), em tramitação na Câmara Legislativa do DF, o Lugar de Cultura está organizado em três eixos:

  • Infraestrutura (manutenção, recuperação e preservação dos espaços)
  • Gestão (modelos para o melhor funcionamento do equipamento público, prevendo participação social)
  • Programação (sensibilização de novos públicos, fomento e ações continuadas)

Diversificação dos modelos de financiamento

Na perspectiva de fortalecimento dos espaços culturais, o Lugar de Cultura coloca como elemento central a diversificação dos modelos de financiamento público e privado do setor.

Isso inclui o Fundo de Apoio à Cultura (para fomento à programação), a Lei de Incentivo à Cultura do DF, a Lei Rouanet e os patrocínios diretos.

Os espaços culturais independentes, que integram a rede, dispõem em 2017 de mais de R$ 5 milhões em fomento à programação e manutenção, por meio de chamamentos públicos (emendas parlamentares, orçamento direto e linhas de apoio do FAC).

Para a secretária adjunta interina de Cultura, Mariana Soares, não se pode perder de vista que espaços independentes, junto com equipamentos públicos, formam uma rede única para promoção, exibição e circulação da arte. “Por isso é vital o fomento a esses espaços, que desempenham papel importante na vida cultural do território”, ressaltou.

Teatro Nacional

O Lugar de Cultura também resultará em passos importantes para a viabilização da reforma do Teatro Nacional Claudio Santoro.

Por meio de parcerias com o Instituto Euvaldo Lodi e com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops), o governo de Brasília conseguiu garantir o fracionamento do projeto de reforma do prédio.

Nesse sentido, a previsão é que o espaço possa ser aberto para a população aos poucos. O intuito é que as obras comecem ainda no final deste ano.