Entrevista: Arthur Trindade, Secretário de Segurança Pública e Paz Social
À Queima-roupa
As polícias já têm comandante e diretor. Aliás, dois profissionais muito competentes, que gozam de alto prestígio nas suas instituições. O papel do secretario é outro. Cabe a ele coordenar as ações que compõem política de segurança pública.
O deputado Alberto Fraga, que é coronel da PM, disse que o senhor nem sequer sabe quantas balas tem um 38. Quantas são?
Um revólver 38 pode ter entre 5 e 8 munições. É importante dizer que sei atirar de revólver, pistola, fuzil e metralhadora. Mas também sei atirar de canhão, uma vez que fui oficial do Exército da arma de artilharia.
Precisa ter esse tipo de conhecimento para restabelecer a paz no DF?
Para coordenar uma política pública de segurança é necessário ter conhecimentos de gestão, metodologia e análise criminal. Nos dias de hoje, não cabem mais as estratégias de policiamento baseadas unicamente no uso da força. É necessário ter capacidade de planejamento e coordenação de ações.
O senhor tem medo de ser assaltado em Brasília?
Todos nós temos medo de sermos assaltados em Brasília. Mas alguns grupos têm mais medo, pois estão mais vulneráveis. Mulheres, idosos, crianças, comerciantes, por exemplo, sao vítimas mais frequentes de crimes.
Acha que o cidadão pode circular sem riscos no DF?
Infelizmente, o Distrito Federal deixou de ser visto como um lugar seguro. Nosso desafio é restabelecer a sensação de segurança que sempre marcou a vida dos brasilienses.
O que já foi feito para reduzir a criminalidade?
O que já foi feito para reduzir a criminalidade?
Algumas medidas já foram postas em prática visando aumentar os efetivos policiais empregados nas atividades operacionais. Também foram mudadas rotinas para otimizar os trabalhos de investigação criminal.
Fonte: Correio Braziliense. Foto Andre Violatti/Esp