Desconhecidos dos eleitores, suplentes de candidatos correm por fora na campanha eleitoral
O eleitor geralmente não repara neles e se surpreende quando algum assume o mandato de quem foi realmente eleito pelo voto. Junto com cada candidato ao Senado, dois suplentes são registrados. Seja com o intuito de financiar a campanha, de fortalecer a composição, atender à indicação do partido ou somente à exigência eleitoral, eles estão lá. Obrigatoriamente.
Figura bastante conhecida no DF, a mulher do ex-governador Joaquim Roriz, dona Weslian, é a primeira suplente do senador Gim Argello (PTB), que tenta a reeleição.
Na composição da chapa do deputado Geraldo Magela (PT), que agora tenta uma cadeira no Senado, está o Pastor Manoel Ferreira (PSC), presidente da Igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira. O “vice” do deputado José Antônio Reguffe (PDT), que também é candidato ao Senado, é o rico empresário José Carlos Vasconcellos (PDT).
Sem planos de doar
“Eu sempre tive uma vontade muito grande de entrar na política”, justifica Vasconcellos. Filiado ao PDT desde o ano passado, ele já ocupa o cargo de secretário-geral do partido no DF, “depois de muito debate”. Ele é o mais rico dos oito suplentes – declarou patrimônio de R$ 7,2 milhões – e garante que não doou um centavo à campanha. “Minha maior contribuição é política”, diz, destacando que está à disposição para assumir o mandato, se preciso for: “Mas eu espero, do fundo do coração, que o Reguffe cumpra os oito anos”.
O empresário diz que tem cumprido agenda de campanha, mas quase não é visto ao lado de Reguffe. “A minha campanha é basicamente eu panfletando na rua” , justifica o deputado pedetista.
Emerson Masullo, cientista político, diz que os suplentes atendem a exigência da lei e são pouco apresentados aos eleitores. “Por isso, são conhecidos como políticos sem votos”.
Historicamente, os suplentes do DF assumem os mandatos dos titulares. A exemplo de Gim Argello, que assumiu a vaga de Roriz, após renúncia. Em 2001, José Roberto Arruda também saiu e deixou em seu lugar Lindberg Aziz Cury.
Figura bastante conhecida no DF, a mulher do ex-governador Joaquim Roriz, dona Weslian, é a primeira suplente do senador Gim Argello (PTB), que tenta a reeleição.
Na composição da chapa do deputado Geraldo Magela (PT), que agora tenta uma cadeira no Senado, está o Pastor Manoel Ferreira (PSC), presidente da Igreja Assembleia de Deus Ministério Madureira. O “vice” do deputado José Antônio Reguffe (PDT), que também é candidato ao Senado, é o rico empresário José Carlos Vasconcellos (PDT).
Sem planos de doar
“Eu sempre tive uma vontade muito grande de entrar na política”, justifica Vasconcellos. Filiado ao PDT desde o ano passado, ele já ocupa o cargo de secretário-geral do partido no DF, “depois de muito debate”. Ele é o mais rico dos oito suplentes – declarou patrimônio de R$ 7,2 milhões – e garante que não doou um centavo à campanha. “Minha maior contribuição é política”, diz, destacando que está à disposição para assumir o mandato, se preciso for: “Mas eu espero, do fundo do coração, que o Reguffe cumpra os oito anos”.
O empresário diz que tem cumprido agenda de campanha, mas quase não é visto ao lado de Reguffe. “A minha campanha é basicamente eu panfletando na rua” , justifica o deputado pedetista.
Emerson Masullo, cientista político, diz que os suplentes atendem a exigência da lei e são pouco apresentados aos eleitores. “Por isso, são conhecidos como políticos sem votos”.
Historicamente, os suplentes do DF assumem os mandatos dos titulares. A exemplo de Gim Argello, que assumiu a vaga de Roriz, após renúncia. Em 2001, José Roberto Arruda também saiu e deixou em seu lugar Lindberg Aziz Cury.
Eles são contra as exigências da lei eleitoral
“Eu sou contra a suplência, porque o eleitor vota em um, mas quem assume é outro”, dispara a servidora pública Tatiana Maranhão, primeira suplente de Aldemario Araujo Castro, candidato do PSOL ao Senado. Ela, que é cientista política e doutora em sociologia, licenciou do cargo no Ministério da Ciência e Tecnologia, como é direito, para se dedicar à campanha.
Apesar de não concordar com a existência de suplentes, ela diz ter “muito orgulho” de fazer parte da chapa. A indicação para o “cargo” foi do partido. “Não esperava que me chamasse, mas recomendaram meu nome”, comemora.
Além dos R$ 500 que doou para contribuir com a impressão do material de divulgação, ela sai de casa todos os dias para cumprir a agenda determinada pelo partido e panfletar em conjunto com a militância.
“É um Absurdo”
Quem também acha que a suplência “é um absurdo da legislação brasileira” é o candidato do PSOL ao Senado. Aldemario afirma que o eleitor dificilmente identifica o suplente e sempre tem uma “surpresa”. “O eleitor mira no titular, mas acaba elegendo outro”, afirma.
Tramitam no Congresso Nacional várias propostas de emenda à Constituição que propõem a redução do número de suplentes ou até a extinção deles. Mas todas elas estão paradas na Câmara dos Deputados ou no Senado.
Quem compõe cada chapa
Na chapa de Gim Argello (PTB), são suplentes dona Weslian Roriz (PRTB) e Anicélia de Abreu (PTB).
Na de Geraldo Magela (PT), estão o pastor Manoel Ferreira (PSC) e Roberto Barreto (PP).
Reguffe (PDT) se apresenta com José Carlos Vasconcellos (PDT) e Fadi Faraj (SD).
Os suplentes de Aldemario (PSOL) são Tatiana Maranhão e Clemildo Sá (PSOL).
Os de Expedito Mendonça (PCO) são Valmir Barbosa (PCO) e Maria das Graças (PCO)
Jamil Magari (PCB) tem Maria de Fátima (PCB) e Tânia Mara (PCB)
A tucana Sandra Quezado aparece com Wander Sobrinho (PSDB) e Leão Magno (PSDB)
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília