Os ex-companheiros o ditador Ortega e Lula entram em atrito e Nicarágua expulsa embaixador brasileiro

Nicarágua expulsa embaixador brasileiro; Itamaraty tenta reverter decisão

O motivo determinante que teria levado o governo Ortega a querer romper laços com o Brasil foi a ausência do embaixador brasileiro na celebração dos 45 anos da Revolução Sandinista

O tema é pauta em todos os portais de noticias do pais, veja post abaixo:

A internet lembra vídeos de Padre Kelmom que disse que Lula é amiguinho de Ortega, relembre:

Irritado, Lula quer que Foro de São Paulo reaja a Ortega

Presidente Lula quer que Foro de São Paulo aprove, nesta semana, resolução condenando violações promovidas por Daniel Ortega na Nicarágua

Imagem colorida com bandeira do Brasil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em coletiva na França

O presidente Lula disse a auxiliares estar bastante “irritado” com a postura do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, pela série de violações aos direitos humanos que vem ocorrendo naquele país.

Segundo ministros do governo, o incômodo é tamanho que Lula sugeriu que o Foro de São Paulo aprove, na reunião que fará nesta semana em Brasília, alguma resolução condenando as violações na Nicarágua.

O Foro de São Paulo é uma organização que reúne partidos políticos e organizações de esquerda, entre eles o PT. O grupo fará seu 26º encontro a partir desta quinta-feira (29/6), em Brasília.

Lula já confirmou presença na cerimônia de abertura da reunião, que terá ainda a participação de representantes da Frente Sandinista de Libertação Nacional, da qual Ortega é o principal líder.

Mudança de postura

Segundo auxiliares, a irritação de Lula com o ditador foi um dos motivos que levaram o Brasil a mudar de posição em relação à Nicarágua em recente reunião da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Na sexta-feira (23/6), o Brasil endossou resolução da OEA pedindo que o país “cesse toda violação dos direitos humanos e respeite os direitos civis e políticos, como as liberdades religiosas e o Estado de Direito”.

A adesão surpreendeu outros países. Isso porque, em março, diplomatas brasileiros tinham permanecido em silêncio durante o Conselho de Direitos Humanos da ONU que tratou sobre a Nicarágua.

Também como parte dessa mudança de postura, Lula criticou Ortega por prender bispos da Igreja Católica. A crítica foi feita na quinta-feira (22/6), em Roma, um dia após reunião do petista com o papa Francisco.

Mais…

Diplomatas brasileiros ressaltam que, apesar da irritação, Lula segue defendendo que é preciso manter o diálogo aberto com Ortega, sem fechar as portas, como outros países têm feito.

O Brasil alertou a Nicarágua de que haverá consequências políticas e diplomáticas com a expulsão do embaixador brasileiro, Breno de Souza, no país governado pelo presidente de extrema-esquerda Daniel Ortega.

A informação de que o governo Ortega decidiu expulsar o diplomata brasileiro chegou nesta quarta-feira (7) à noite ao Itamaraty.

O chanceler Mauro Vieira irá conversar nesta quinta-feira (8) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto, antes de qualquer manifestação formal do Brasil.

A diplomacia brasileira ponderou aos nicaraguenses que pensassem melhor sobre a expulsão. A atuação tem se dado nos bastidores, em movimentos discretos, ainda sem posicionamentos oficiais.

A decisão veio após o embaixador não comparecer no aniversário da Revolução Sandinista, data comemorativa da Nicarágua. O evento ocorreu em 19 de julho. A ausência irritou o governo Ortega, que teria se sentido desprestigiado.

No ano passado, o Papa Francisco chegou a pedir para Lula interceder com Ortega — aproveitando a relação histórica dos dois — a favor de bispos e padres sequestrados na Nicarágua.

Ortega teria ignorado, mais de uma vez, as tentativas de contato do petista. De lá para cá, ssgundo fontes diplomáticas, o relacionamento de alto nível se deteriorou e os dois governos mantêm hoje uma relação distanciada.