O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou, em seu perfil no X na tarde desta quarta-feira (19), sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF). No texto, Bolsonaro compara o processo jurídico ao qual está implicado com “cartilha conhecida” aplicada na Venezuela, em Cuba e na Bolívia.
Em sua própria defesa, o político de direita diz que, em “regimes autoritários”, é preciso “fabricar inimigos internos para justificar perseguições, censuras e prisões arbitrárias”.
– Fabricam acusações vagas, se dizem preocupados com a democracia ou com a soberania, e perseguem opositores, silenciam vozes dissidentes e concentram poder – diz, na publicação.
Os crimes imputados a Bolsonaro e aos demais são os de organização criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado com uso de violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado. Somadas, as penas, com agravantes, podem ultrapassar 43 anos de prisão.
Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do ExércitoAlexandre Rodrigues Ramagem, deputado federal, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e delegado da Polícia Federal / Foto: Mário Agra/Câmara dos DeputadosAlmir Garnier Santos, almirante da reserva e ex-comandante da MarinhaAnderson Gustavo Torres, ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro / Foto: Geraldo Magela/Agência SenadoAngelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército que chegou a ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão Eduardo PazuelloAugusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional e general da reserva do Exército / Foto: PR/Marcos CorrêaBernardo Romão Correa Netto, coronel do ExércitoCarlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro contratado pelo PL para questionar vulnerabilidade das urnas eletrônicas durante eleições de 2022Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército / Foto: Alberto César Araújo/Aleam)Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército / Foto: Reprodução/Print de Vídeo Instagram 52bis_exercitooficialFilipe Garcia Martins Pereira; ex-assessor da Presidência da República / Foto: ReproduçãoJair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República, ex-deputado, ex-vereador do Rio de Janeiro e capitão da reserva do Exército / Foto: EFE/Sebastiao MoreiraMarcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro / Foto: Reprodução/Arquivo PessoalMario Fernandes, ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência e general da reserva / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil; Foto: José Cruz/Agência BrasilMauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel do Exército / Foto: Lula Marques/ Agência BrasilPaulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, empresário / Foto: Reprodução / YouTube Jovem Pan NewsPaulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa, general da reserva e ex-comandante do Exército / Foto: Youtube ExércitoSilvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) 1ª parte: Reunião para ouvir o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF). 2ª parte: Apreciação de requerimentos. A CPMI é formada por 16 senadores e 16 deputados federais titulares, com igual número de suplentes de cada Casa e vai investigar a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. À mesa, em pronunciamento, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasquez. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado / Foto: Marcos Oliveira/Agência SenadoWalter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022, general da reserva do Exército / Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Esta foi a primeira publicação do líder conservador após ser denunciado. Até então, ele havia se limitado a repostar publicações de aliados, nas quais o defendem ou fazem piadas ironizando o processo.
Em nota, a defesa de Jair Bolsonaro rebateu a denúncia da PGR chamando-a de “inepta”, “precária” e “incoerente”. Os advogados dele também alegam que a denúncia é baseada em um acordo de colaboração “fantasioso” do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência.
O posicionamento de Bolsonaro ainda afirma que, “a despeito dos quase dois anos de investigações, (…) nenhum elemento que conectasse minimamente o (ex-) presidente à narrativa construída na denúncia foi encontrado”.