Ex-governador lembra que, quando deixou o Buriti, contava com 80% de aprovação e mais de 1.300 obras
A convenção do PR no Ginásio Serejinho, em Taguatinga, marcou ontem oficialmente o retorno às urnas do ex-governador José Roberto Arruda. Ao lado do senador Gim Argello (PTB), da ex-primeira-dama Weslian Roriz (PRTB) e do ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM), ele afirmou que quer voltar ao governo nos “braços do povo” e declarou apoio ao candidato à presidência Aécio Neves (PSDB).
Ainda sem vice em sua chapa, Arruda deverá anunciar, entre hoje e amanhã, o nome de Eliana Pedrosa, que negocia sua liberação com a executiva nacional do PPS. O partido sinalizou, na semana passada, ser contra a aliança com o ex-governador.
Arruda chamou de “exílio” o período em que esteve fora do governo, após denúncias que o retiraram do poder. “Há quatro anos fui tirado do governo, preso, humilhado e escrachado pela opinião pública. Estávamos no melhor momento do nosso governo, com mais de 1.300 obras, com 80% de aprovação. Nossos adversários editaram fitas de fora do período e tramaram para me derrubar”, recordou Arruda. “Agora tenho como mostrar o golpe dos que só sabem destruir e ganhar eleição dando rasteira nos outros”.
Apoio de Roriz
Segundo ele, a aliança com os demais partidos só foi possível graças ao ex-governador Joaquim Roriz (PRTB), que não disputará nenhum cargo por questões de saúde.
Arruda destacou que judicialmente está livre para concorrer ao Buriti e atacou o governo de Agnelo Queiroz (PT), candidato a reeleição.
Já como candidato, o ex-governador anunciou que pretende voltar com programas de seu governo, como o “Pão e Leite”, Bolsa Universitária e DF Digital. Arruda prometeu ainda que regularizará todos os condomínios do Distrito Federal, entre eles o Sol Nascente e o Pôr do Sol, ambos em Ceilândia, há poucos quilômetros do local da convenção.
Entre os políticos que apoiarão Arruda, Jaqueline Roriz (PMN), fez questão de se referir à guerra entre PT e a família Roriz e de destacar a presença de dona Weslian, sua mãe, na suplência de Gim Argello.
Dirigente do PRTB, Luiz Estevão, denunciou perseguições: “Não estamos aqui de graça. Há 15 anos me expulsaram da política, há oito foi o governador Roriz e há seis o governador Arruda, mas agora estamos aqui, porque moramos no coração do povo e novamente vamos mudar Brasília”.