Circula na internet algumas noticias de que, Ray Kurzweil prevê imortalidade humana até 2030 com uso de nanorrobôs e nanotecnologia.
O futurista e ex-diretor de engenharia do Google, Ray Kurzweil, voltou a chamar a atenção com uma de suas previsões ousadas: segundo ele, os seres humanos poderão atingir a imortalidade até o ano de 2030, com o auxílio de nanorrobôs capazes de operar dentro do corpo humano.
A afirmação foi feita em entrevista publicada no YouTube, onde Kurzweil detalha como a nanotecnologia será a chave para vencer o envelhecimento.
De acordo com Kurzweil, nanobots — minúsculos robôs programáveis — em breve circularão pela corrente sanguínea, curando células, prevenindo doenças e, potencialmente, até permitindo que pessoas se alimentem sem ganhar peso.
O avanço, segundo ele, será possível graças à convergência entre genética, inteligência artificial e robótica.
Tecnologia e previsões ousadas
Conhecido por prever com exatidão a popularização da internet e a ascensão da inteligência artificial, Kurzweil é autor do livro “The Singularity Is Near” (2005), onde defende a tese de que a humanidade se aproximaria de uma transformação radical em sua existência — um ponto de singularidade tecnológica.
“A ideia de imortalidade não é mais ficção científica. Ela será consequência lógica do avanço da ciência e da engenharia genética nos próximos anos”, defende Kurzweil.
Apesar das críticas que suas previsões costumam gerar, muitas delas já se concretizaram. Ele argumenta que a tecnologia exponencial avança em um ritmo difícil de ser compreendido com base no pensamento linear tradicional, e que os próximos cinco anos trarão mais inovações do que o último século inteiro.
Entre a ciência e a filosofia
A declaração reacende debates profundos sobre ética, longevidade e o futuro da humanidade. Caso se confirmem as previsões, a medicina, os sistemas previdenciários e até mesmo os conceitos sociais de envelhecimento e morte serão radicalmente transformados.
Todos querem saber:
Sobre os avanços da ciência: O ser humano pode se tornar imortal?
Essa é uma pergunta fascinante e profunda. Vamos analisar por partes.
A ciência e a imortalidade: onde estamos hoje?
Atualmente, a imortalidade biológica — ou seja, viver para sempre sem envelhecer ou morrer de causas naturais — ainda não é possível. No entanto, a ciência tem feito avanços significativos que prolongam a vida e melhoram a qualidade de vida, como:
- Medicina regenerativa (uso de células estaminais, por exemplo);
- Terapias genéticas que tentam corrigir doenças hereditárias;
- Tecnologias de edição genética como o CRISPR;
- Estudos sobre organismos que não envelhecem, como a medusa Turritopsis dohrnii (chamada de “água-viva imortal”).
O que se discute para o futuro:
- Reparação contínua do corpo: Se conseguíssemos manter e reparar as células indefinidamente, poderíamos viver muito mais tempo — talvez centenas de anos.
- Transferência da mente: Alguns futuristas, como Ray Kurzweil, acreditam que um dia poderemos “transferir a consciência” para máquinas, criando uma forma de “imortalidade digital”. Isto, no entanto, levanta grandes questões filosóficas: seria realmente “nós”, ou apenas uma cópia?
- Ciberimplantes e corpo sintético: Outra teoria é substituir partes do corpo por componentes artificiais — transformando-nos lentamente em algo entre humano e máquina (transumanismo).
Limites éticos e sociais:
Mesmo que a imortalidade se tornasse tecnicamente possível, surgiriam grandes dilemas:
- Quem teria acesso a ela?
- Qual seria o impacto na sociedade, no ambiente e na economia?
- Que sentido teria a vida sem a morte?
Conclusão: A ciência ainda não permite que o ser humano se torne imortal, mas já se sonha com isso — tanto em laboratórios como na ficção. O mais provável é que vejamos uma extensão cada vez maior da vida humana, mas a imortalidade total, pelo menos por agora, permanece um ideal distante.