Presidente prometeu criar “país de classe média”
Em sua primeira coletiva de imprensa de 2025, realizada nesta quinta-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou que exista “rombo fiscal” em seu governo e prometeu tornar o Brasil um “país de classe média” para que seus adversários fiquem com mais “raiva” e “ódio” dele.
Na ocasião, o petista foi questionado se achava que cumpriu a necessidade de contenção de gastos para o equilíbrio fiscal a longo prazo e se considera que havia solucionado a questão do rombo fiscal. Em resposta, ele disse:
– Não existiu rombo fiscal. Rombo fiscal existiu no governo passado. No governo passado, houve rombo fiscal de quase 2,6%. No nosso, não houve. Aliás, se não fosse o Rio Grande do Sul, nós teríamos feito um superávit pela primeira vez em muitas décadas.
O governo ainda não divulgou o resultado fiscal de 2024, o que está previsto para ocorrer nas próximas semanas. O petista, contudo, afirma que a economia registrou um déficit primário de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024.
Ao longo da entrevista, Lula informou que, se depender dele, não haverá mais medidas de ajuste fiscal. Também declarou que “não quer discutir o que meia dúzia de pessoas querem, mas aquilo que interessa a maioria das pessoas”.
– Não tem outra medida fiscal. Se se apresentar durante ano a necessidade de fazer, vamos reunir. Se depender de mim, não tem outra medida fiscal – salientou, em fala que contraria as recentes afirmações da equipe econômica.
Lula ainda mencionou a nova política tributária que entrará em vigor em 2027, afirmando esperar que ela gere “mais capacidade de investimento e arrecadação”.
– Eu tenho que esperar cada período para saber como vai ser. A única coisa que eu quero é que as pessoas tenham certeza é que neste governo não haverá irresponsabilidade fiscal. O meu histórico é a prova disso – frisou.
Ele ainda afirmou que seu objetivo é “gerar emprego, renda, criar um país de classe média”.
– E eu vou criar. Pros meus adversários ficarem com muito mais raiva de mim, mais ódio de mim, [e dizerem] “como é que pode esse metarlúgico de São Bernardo do Campo de diploma primário fazer o que nós não conseguimos fazer?”