Mãe de gêmeas que morreram em intervalo de 8 dias é presa

Polícia Civil suspeita de assassinato

Irmãs gêmeas de 6 anos morrem em intervalo de 8 dias no RS

Crianças tiveram parada cardiorrespiratória; Polícia Civil investiga o caso

Irmãs gêmeas Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul está investigando a morte de duas irmãs gêmeas, de 6 anos, em Igrejinha, cidade a cerca de 90 quilômetros de Porto Alegre. As meninas morreram em um intervalo de oito dias – uma no último dia 7 e a outra nesta terça-feira, 15 -, supostamente por parada cardiorrespiratória.

– Foram realizados todos os encaminhamentos periciais necessários e as investigações estão em pleno andamento para completa elucidação dos fatos – afirma a Polícia Civil do RS, em nota.

Não foram divulgadas informações sobre possíveis indícios de maus tratos ou envenenamento das crianças.

Em entrevista à RBS TV, o comandante do Corpo de Bombeiros de Igrejinha, Graciano Ronnau, informou que os bombeiros foram acionados para atender a ocorrências de paradas cardiorrespiratórias nas datas de morte das duas meninas.

Segundo o comandante, na primeira ocorrência, de 7 de outubro, o Corpo de Bombeiros chegou à casa da família e foi informado que o pai das crianças tinha levado a menina em parada cardiorrespiratória ao hospital para atendimento médico.

Já na segunda ocorrência, nesta terça, a segunda menina chegou a ser atendida pelos bombeiros, recebeu massagem cardíaca e foi levada de ambulância ao Hospital Bom Pastor, em Igrejinha. Ela morreu no hospital.

– Os quadros das duas crianças eram muito semelhantes – disse Ronnau.

– O cenário era muito parecido, as duas crianças foram encontradas em parada cardiorrespiratória.

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Igrejinha informou, em nota, que vai averiguar se houve, por parte do Conselho Tutelar, violação do dever legal de proteger as crianças nos termos da lei.

– Não toleramos qualquer violação de direitos – afirmou.

– Tomamos conhecimento da situação pela imprensa. Não recebemos denúncias ou relatos de maus tratos envolvendo as gêmeas que faleceram, tampouco recebemos informações de falta de atuação do Conselho Tutelar ou da rede em acompanhamento deste caso em específico, que pudesse gerar a abertura de sindicância ou PAD (Processo Administrativo Disciplinar) – diz o conselho municipal na nota.

– Nos solidarizamos com a comunidade enlutada pelo falecimento precoce das crianças. Confiamos nos trabalhos da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário, que estão atuando nas investigações pertinentes, e estamos sempre atuando junto com a comunidade para que a lei seja cumprida – finaliza.

A mãe das gêmeas Antônia e Manoela, de 6 anos, foi presa pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (16). As irmãs morreram em um intervalo de oito dias. A principal suspeita é de que as meninas tenham sido assassinadas pela mãe.

– A investigação já mostra que pode ter havido ali um homicídio. No entanto, peço a cautela necessária, pois precisamos um suporte probatório robusto – disse o delegado Cleber Lima à Rádio Gaúcha.

Manoela morreu no último dia 7 e Antônia nesta terça-feira (15), supostamente por parada cardiorrespiratória. Elas moravam com os pais no bairro Morada Verde.

– Inicialmente, por serem gêmeas univitelinas, poderia se tratar de um problema congênito. Mas o trabalho da polícia é pensar de uma forma diversa – afirmou o delegado.

Na primeira ocorrência, de 7 de outubro, o Corpo de Bombeiros chegou à casa da família e foi informado que o pai das crianças tinha levado a menina em parada cardiorrespiratória ao hospital para atendimento médico.

Já na segunda ocorrência, nesta terça, a segunda menina chegou a ser atendida pelos bombeiros, recebeu massagem cardíaca e foi levada de ambulância ao Hospital Bom Pastor, em Igrejinha. Ela morreu no hospital.

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comudica) de Igrejinha afirmou que tomou conhecimento do caso pela imprensa e que nunca recebeu denúncia de maus tratos envolvendo as gêmeas.

Confira a nota completa:
O COMUDICA, formado por representantes da sociedade civil e do Executivo, atua constantemente e de forma ativa na defesa dos interesses das crianças e adolescentes e no cumprimento da lei.

Informamos que não recebemos denúncias ou relatos de maus tratos envolvendo as gêmeas que faleceram, tampouco recebemos informações de falta de atuação do conselho tutelar ou da rede em acompanhamento deste caso em especifico, que pudesse gerar a abertura de sindicância ou PAD por parte do COMUDICA.

Tomamos conhecimento da situação pela imprensa e vamos averiguar se houve, por parte do conselho tutelar, a violação do dever legal de proteger as infantes, nos termos da lei, pois não toleramos qualquer violação de direitos.

Nos solidarizamos com a comunidade enlutada pelo falecimento precoce das crianças.

Confiamos nos trabalhos da Polícia Civil, do Ministério Público e do Poder Judiciário, que estão atuando nas investigações pertinentes, e estamos sempre atuando junto com a comunidade para que a lei seja cumprida.

COMUDICA

15 de outubro de 2024

O Ministério Público também está atuando no caso.