TRE-SP multa Boulos em R$ 53,2 mil por pesquisa divulgada afirmando que Ele liderava “contra qualquer bolsonarista”

Lula apoia e defende Boulos para disputar a Prefeitura de São Paulo 
Lula apoia e defende Boulos para disputar a Prefeitura de São Paulo 

Levantamento para “induzir leitor ao erro”

A publicação da pesquisa em questão foi divulgada nas redes sociais de Boulos afirmando que ele liderava “contra qualquer bolsonarista”.

A decisão foi tomada nessa quarta-feira (10/4) pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

Lula apoia e defende Boulos para disputar a Prefeitura de São Paulo (foto)

O pré-candidato do PSol à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos foi multado em R$ 53,2 mil por divulgação irregular de pesquisa eleitoral que teria induzido o “eleitor a erro”.

Juiz argumentou que Boulos teria criado cenário não analisado pelo levantamento para “induzir leitor ao erro”; pré-campanha promete recorrer

A condenação ocorreu em resposta a uma ação movida pelos partidos MDB, do prefeito e pré-candidato à reeleição Ricardo Nunes, e PSB, da pré-candidata Tabata Amaral.

A publicação da pesquisa em questão foi divulgada nas redes sociais de Boulos afirmando que ele liderava “contra qualquer bolsonarista”.

A pesquisa teria sido realizada pela empresa RealTime Big Data e mostrava Boulos com 34%, Nunes com 29%, Salles com 12% e Pontes com 11%.

Para o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, o pré-candidato do PSol misturou cenários de pesquisas estimuladas para fabricar um outro que não havia sido questionado às pessoas que participaram da pesquisa da Real Time Big Data.Play Video

“Entendo razoável a fixação da pena de multa em seu valor mínimo: R$ 53.205,00, nos termos do disposto no art. 33, § 3°, da Lei Eleitoral e 17 da Resolução TSE n° 23.600/2019, considerando-se a utilização de dados que isoladamente são verdadeiros e retirados de uma pesquisa previamente cadastrada decorrente de diversos cenários analisados, mas que foram fundidos formando uma pesquisa estimulada “frankenstein”, bem como a ausência de indicação do requisito formal de nível de confiança previsto”, disse o magistrado.

A assessoria de Guilherme Boulos informou que a vai recorrer da decisão do TRE-SP.