Richard Fernandez Nunes foi alçado ao posto de chefe do Estado Maior do Exército
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou o general Richard Fernandez Nunes para o posto de chefe do Estado Maior do Exército. O militar substitui Fernando José Sant’Ana Soares e Silva. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (28), e materializa um rodízio normal nas Forças Armadas. O Estado Maior do Exército é o órgão de direção geral da corporação.
Nunes foi responsável pela escolha do delegado Rivaldo Barbosa à chefia do Polícia Civil do Rio em 2018, um dia antes da morte da vereadora Marielle Franco. Barbosa foi preso na semana passada sob suspeita de participação no assassinato de Marielle. Ao Estadão, Nunes se disse surpreso com o suposto envolvimento do ex-chefe da Polícia no crime e afirmou que Rivaldo Barbosa tinha “uma folha de serviço prestado bastante considerável”.
O general de quatro estrelas foi secretário da Segurança Pública do Rio durante a intervenção federal no Estado, em 2018. Naquele ano, Nunes disse em entrevista ao Estadão acreditar que Marielle tinha sido morta por contrariar interesses de milicianos em negócios de grilagem na zona oeste da cidade.
MILITAR FOI CHAMADO DE MELANCIA
Nos meses que antecederam os atos de 8 de Janeiro, o general Nunes foi um dos integrantes do Alto Comando do Exército contrário a um suposto golpe de Estado. Na época, ele chefiava o Comando Militar do Nordeste.
Esse posicionamento lhe rendeu o apelido de “melancia”. Nunes e outros militares eram chamados assim por supostamente serem verdes por fora e “vermelhos” por dentro.
Campanha para Dilma e Bolsonaro
Em 2014, na última campanha da qual participou antes de virar conselheiro do TCE, Domingos Brazão, que era deputado estadual pelo MDB, pediu votos para Dilma Rousseff. Ele chegou a exibir adesivos da petista em carreatas ao lado de Eduardo Cunha.