Opositores venezuelanos estão refugiados na Embaixada da Argentina

Segundo informações divulgadas pelo portal argentino Infobae e confirmadas pela Agência de Notícias EFE através de fontes sob sigilo, diversos opositores venezuelanos perseguidos pelo Regime de Maduro encontram-se atualmente refugiados na Embaixada Argentina em Caracas. O número exato de pessoas abrigadas não foi especificado, mas acreditam que podem passar de seis opositores de Maduro.

Conforme apurado, um funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Argentina está acompanhando de perto a situação dos possíveis refugiados e é aguardada uma eventual comunicação pública ao longo dos dias. As fontes consultadas pela agência EFE não forneceram detalhes precisos ainda sobre o número de indivíduos que entraram a Embaixada da Argentina.

Segundo relatos do portal argentino Infobae, o presidente Javier Milei e a chanceler Diana Mondino teriam concordado em oferecer asilo político aos seis perseguidos políticos que buscaram abrigo na embaixada argentina em Caracas, Venezuela, em conforme rege as leis internacionais.

Embora o portal argentino Infobae já tenha identificado cinco dos opositores, a sexta pessoa permanece ainda não identificada. De acordo com o portal argentino, a entrada dos opositores na embaixada ocorreu de forma gradual ao longo da semana passada, na quarta-feira (20/03), logo depois do procurador-geral da Venezuela, ligado ao Maduro, Tarek William Saab, informou que duas pessoas da oposição venezuelana, que são próximas à María Corina Machado, foram presas e que outras 7 também eram alvo de outros mandados de prisão.

As relações entre Argentina e Venezuela, que eram estreitas durante os mandatos dos socialistas peronistas Néstor Kirchner (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015), deterioraram-se desde a posse de Javier Milei em dezembro do ano anterior, um crítico veemente do ditador socialista venezuelano Nicolás Maduro.

O governo argentino é um dos signatários, juntamente com Costa Rica, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai, de um comunicado que expressa preocupação com o impedimento de Corina Yoris, candidata da Plataforma Unitária Democrática (PUD), forte opositora do Regime de Maduro, de registrar sua candidatura nas eleições de 28 de julho, onde Maduro buscará uma nova reeleição, praticamente, sem rivais.