Collor é saudado por Barroso na posse de Dino

Com julgamento suspenso no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Fernando Collor foi saudado pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, durante cerimônia de posse de Flávio Dino como ministro. Durante evento nesta quinta-feira, o ex-mandatário sentou ao lado de Lu Alckmin, mulher do vice-presidente, Geraldo Alckmin.

Collor é saudado por Barroso na posse de Dino

— Gostaria de registrar a maciça presença (na cerimônia de posse), uma lista que não para de aumentar — afirmou Barroso, que começou a agradecer a uma lista de autoridades presentes. — Queria cumprimentar o senhor ex-presidente da República Fernando Collor.

Collor foi o único ex-presidente da República a comparecer à posse de Dino como ministro do STF. Ele estava sentado na primeira fileira atrás do colegiado, ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin, sua esposa Lu Alckmin, e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.

O ex-presidente foi um dos primeiros a comparecer ao evento desta quinta-feira, que também teve a presença do procurador-geral da República Paulo Gonet, dos governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e de Goiás, Ronaldo Caiado, e do ex-governador de São Paulo João Doria.

Julgamento suspenso

No começo de fevereiro, o ministro do STF Dias Toffoli suspendeu o julgamento de um recurso apresentado pela defesa de Collor questionando decisão da própria Corte que o condenou a uma pena de oito anos e dez meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O magistrado fez pedido de vista foi realizado logo após o também ministro Alexandre de Moraes dar início ao julgamento em sessão do plenário virtual.

Em maio passado, Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava-Jato. A maioria dos magistrados acompanharam o voto do relator, o ministro Edson Fachin. Apenas os ministros Gilmar Mendes e Nunes Marques divergiram e entenderam pela absolvição do ex-presidente e demais réus na ação penal.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) o apontou como participante de um esquema de corrupção envolvendo a BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobras. De acordo com as investigações, o político recebeu R$ 20 milhões entre 2010 e 2014 como contrapartida por ter facilitado contratos da empresa com a UTC Engenharia.

*Agência O Globo