Ex-deputada criticou a “demonização das forças de segurança” feita pela escola de samba
Janaina Paschoal usou as redes sociais nesta quarta-feira (14) para opinar sobre a polêmica envolvendo a escola de samba do carnaval de São Paulo Vai-Vai, que retratou policiais como demônios na avenida. Para a ex-deputada, “é impossível ficar alheia à polêmica”.
Em seu texto, Janaina diz ser crítica ao uso de recursos da saúde e da educação nessa festa popular, mas em contrapartida, também é favorável à livre manifestação, “até mesmo dos que me ofendem diariamente”.
A jurista assinala que a visão mostrada pela escola de samba impera no ambiente universitário.
– Imperioso dizer que, no ambiente universitário, que se apresenta como científico, essa “visão” da Vai-Vai impera e é ensinada, há décadas, a gerações e gerações de estudantes, que se transformam em professores, jornalistas, pesquisadores, juízes, promotores, advogados, etc, etc, etc – escreveu.
– Trata-se de ambiente menos visível, porém perene! – finalizou.
A escola Vai-Vai, a primeira a desfilar no último sábado (10) no sambódromo do Anhembi, em São Paulo, levou o enredo Capítulo 4, versículo 3 – Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano. Uma das alas era composta por pessoas fantasiadas de policiais do batalhão de choque. Eles usavam chifres e asas vermelho-alaranjadas, fazendo alusão a demônios.
O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) reclamou do desfile, dizendo que a escola “tratou com escárnio a figura de agentes da lei”.
O deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) e o deputado estadual Dani Alonso, do mesmo partido, enviaram ofícios ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e ao prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), cobrando que os dois adotem medidas para punir a escola de samba.
Os parlamentares querem que a agremiação seja impedida de receber recursos púbicos tanto da prefeitura como do estado no próximo ano.