Morte de Marielle pode ter sido motivada por disputa de terreno

Brazão defendia a construção de um condomínio, mas a psolista queria destinar a área para famílias pobres

De acordo com o jornal O Globo, a disputa por um terreno na Zona Oeste do Rio de Janeiro pode ser um dos motivos para que a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) tenha sido encomendada.

A Polícia Federal (PF) investiga se a regularização de um condomínio teria sido o motivo real do crime. Na delação de Ronnie Lessa, ele declarou que a vereadora defendia a regularização do terreno para servir de moradia para pessoas de baixa renda.

Do outro lado, Domingos Brazão, apontado como mandante do crime, estaria interessado em regularizar o terreno para a construção do condomínio. Inclusive, o ex-deputado estaria articulando para que a ocupação do terreno fosse acompanhada pela Defensoria Pública e pelo Instituto de Terras e Cartografia do Rio.

O assunto não é novidade, ainda em 2018, ano que a vereadora foi morta, as investigações chegaram a cogitar a relação entre o terreno e a morte da psolista. Na ocasião, o irmão de Domingos, Chiquinho Brazão, que atuava como presidente da Comissão de Assuntos Urbanos e Manuseio do Solo, foi chamado a prestar depoimento e o assunto foi questionado.

A polícia queria saber sobre o projeto de reurbanização e verticalização da comunidade de Rio das Pedras, bairro vizinho de Jacarepaguá, mesma área que era de interesse tanto de Marielle, quanto do conselheiro do do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) que nega que tenha sido o mandante do crime.

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