Além disso, 125 detentos cometeram crimes durante o período de liberação temporária.
Um levantamento exclusivo feito pelo R7 com base em dados obtidos via Lei de Acesso à Informação mostra que, nos últimos seis anos, 1.009 presos não retornaram das saidinhas no Distrito Federal.
No ano passado, até outubro, foram 201 detentos que não voltaram das saidinhas. O sistema carcerário do DF concedeu sete saídas especiais, com o total de 12,7 mil liberações de presos, nos dez primeiros meses do ano.
Em números absolutos, de 2018 até outubro do ano passado, o sistema carcerário concedeu 79,2 mil liberações de detentos. Um mesmo preso pode ter sido liberado mais de uma vez. 1,2% dos detentos não retornaram das liberações, e 0,1% cometeu algum crime durante as saidinhas no Distrito Federal.
O levantamento mostra que o número de presos que não retornam das saidinhas tem aumentado nos últimos anos. Em 2018, foram 141 detentos que não voltaram, número que subiu para 178 em 2019, 213 em 2020, 242 em 2021 e 201 em 2022.
O número de presos que cometem crimes durante as saidinhas também tem aumentado. Em 2018, foram 96 detentos que cometeram crimes, número que subiu para 105 em 2019, 119 em 2020, 127 em 2021 e 125 em 2022.
Os dados mostram que as saidinhas temporárias podem representar um risco para a segurança pública. É importante que o sistema prisional adote medidas para reduzir o número de presos que não retornam e que cometem crimes durante o período de liberação temporária.
