Ação foi uma retaliação americana aos ataques sofridos
Os Estados Unidos bombardearam na noite do último domingo duas instalações no leste da Síria utilizadas pela Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e grupos associados para armazenar armas, informou nesta terça-feira (14) o presidente americano, Joe Biden.
Em carta enviada ao presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, o presidente americano disse que os dois locais também serviam como centro de treinamento e monitoramento, entre outras atividades.
Os ataques, segundo ele, foram planejados para limitar o risco do aumento do conflito e para evitar vítimas civis.
– Ordenei os ataques para proteger e defender nosso pessoal, diminuir a escalada e interromper a série contínua de ataques contra os EUA e nossos parceiros, e impedir que o Irã e os grupos de milícias apoiados pelo Irã conduzam ou apoiem novos ataques contra funcionários dos EUA – disse Biden.
Ele afirmou que essa ação militar tem a ver com sua responsabilidade de proteger os cidadãos americanos no país e no exterior.
Em sua opinião, a ação foi “proporcional” e consistente com a lei internacional e o direito dos EUA à autodefesa.
– Os EUA estão prontos para tomar outras medidas, conforme necessário e apropriado, para enfrentar novas ameaças ou ataques – acrescentou Biden na carta, na qual lembrou que grupos afiliados à Guarda Revolucionária realizaram recentemente investidas contra funcionários e instalações dos EUA no Iraque e na Síria.
– Esses ataques colocaram as vidas do pessoal dos EUA e das forças de coalizão que atuam ao lado dos EUA sob extrema ameaça – enfatizou.
A porta-voz adjunta do Pentágono, Sabrina Singh, informou em entrevista coletiva nesta terça-feira que, desde o dia 17 de outubro, as forças dos EUA sofreram 55 ataques, 27 deles no Iraque e 28 na Síria, que deixaram 59 pessoas feridas, as quais já retornaram aos seus postos.