Nikolas pedirá impeachment de Dino, após Ministério receber a “dama do tráfico”

Representantes do Ministério da Justiça receberam uma mulher condenada por associação com o tráfico

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) pedirá o impeachment do ministro da Justiça, Flávio Dino, por ter recebido em seu gabinete Luciane Barbosa Farias, conhecida como “dama do tráfico amazonense”.

Luciane participou de audiências com dois secretários e dois diretores do Ministério da Justiça em um período de três meses. Ela também se encontrou e tirou fotos com deputados federais como Guilherme Boulos (PSOL-SP) e André Janones (Avante-MG).

Pelo X, antigo Twitter, Nikolas informou que está tomando providências e que o pedido de impeachment está em desenvolvimento. O documento tem apoio também do deputado federal Felipe Barros (PL-PR).

– Chega de convite, convocação e perder tempo com as “explicações” do ministro. Estamos redigindo o impeachment. #FORADINO – escreveu o parlamentar mineiro.

Mais cedo, Nikolas já havia se pronunciado sobre esse encontro entre Dino e a “dama do tráfico”:

– O ministério do Flávio Dino que diz combater o crime organizado, recebe a dama do tráfico, líder do Comando Vermelho, em seu… ministério.

E continuou:

– Flávio Dino, como eu disse, tem frustrado as expectativas até da esquerda e dado bastante dor de cabeça pro seu chefe. Lembrando que um ministro, que era amigo do Lula, já caiu – disse ele citando o general Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Luciane esteve em duas ocasiões em Brasília, no dia 19 de março deste ano e no dia 2 de maio. Ela se encontrou primeiramente com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos de Flávio Dino. Já na segunda visita esteve com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

A “dama do tráfico” representa a Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), criada em 2022. Essa instituição, segundo o Estadão, é uma ONG que tem como objetivo defender os direitos dos presos. No entanto, de acordo com a Polícia Civil, apenas os detentos ligados à facção são defendidos pela instituição que seria, inclusive, financiada pelo Comando Vermelho.

O Ministério da Justiça já se manifestou sobre essas visitas e disse que não sabia quem era Luciane. Todas as visitas que ela fez, não estavam na agenda oficial.

Assista:

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