Otan pede a Irã e Hezbollah que não se aproveitem da guerra

Organização vê risco de países hostis a Israel tirarem vantagem do conflito

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, pediu nesta quinta-feira (12) às nações e organizações “hostis” a Israel, entre as quais mencionou o Irã e a milícia libanesa Hezbollah, que não aproveitem o confronto entre o Estado israelense e o grupo terrorista Hamas.

– A situação no Oriente Médio é agora muito desafiadora e, claro, há sempre o risco de que nações ou organizações hostis a Israel tentem tirar vantagem. Isso inclui, por exemplo, organizações como o Hezbollah ou um país como o Irã – declarou o político norueguês em entrevista coletiva após a reunião de ministros de Defesa da Otan realizada entre esta quarta (11) e esta quinta em Bruxelas.

– É uma mensagem aos países e organizações hostis a Israel de que não devem tentar tirar partido da situação – insistiu, lembrando que os Estados Unidos enviaram forças militares para a região para evitar uma escalada.

Stoltenberg afirmou que Israel “tem o direito de se defender” e que, à medida que o conflito se desenvolve, é “essencial a proteção de civis”.

– Nenhuma nação ou organização hostil a Israel deveria tentar tirar vantagem da situação ou agravar o conflito – disse.

Na reunião de ministros da Otan desta quinta, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, informou os aliados sobre “os horríveis ataques terroristas do Hamas contra Israel e a resposta contínua de Israel”, segundo Stoltenberg.

– Os aliados condenaram com veemência os indefensáveis ataques ​​do Hamas contra civis e pediram a imediata libertação de todos os reféns – expressou, acrescentando que vários aliados “deixaram claro que estão fornecendo apoio prático a Israel”.

Ele destacou que a Otan, como organização, não está “diretamente envolvida” na guerra entre Israel e Hamas, mas reconheceu que era “importante” que os ministros abordassem a situação.

Ele disse que o ministro da Defesa israelense mostrou aos seus homólogos da Otan um vídeo “horrível” que, segundo ele, continha imagens “horríveis” dos ataques do fim de semana e das vítimas.

Especificou também que algumas destas imagens já foram mostradas ao público em geral e acrescentou que o vídeo confirmava “a brutalidade dos ataques contra civis inocentes”.

– À medida que este conflito evolui, é importante proteger os civis. Isso foi também claramente expresso pelos aliados. Existem regras de guerra, há apelos à proporcionalidade, e isso foi destacado por muitos aliados, e isso é algo que manifestaram ao mesmo tempo que condenaram muito claramente as brutais atrocidades e a violência pelas quais o Hamas tem sido responsável – afirmou o secretário-geral da Otan.