Relação China-EUA determinará destino da humanidade, diz Xi

Beijing (China), 31/08/2023.- Chinese President Xi Jinping addresses the Global Trade in Services Summit of the 2023 China International Fair for Trade in Services (CIFTIS) via video in Beijing, China, 02 September 2023. EFE/EPA/XINHUA / Li Xueren CHINA OUT / UK AND IRELAND OUT / MANDATORY CREDIT EDITORIAL USE ONLY

Presidente chinês se reuniu, nesta segunda, com delegação de senadores americanos

Nesta segunda-feira (9), o presidente chinês Xi Jinping se reuniu em Pequim com a primeira delegação de senadores dos Estados Unidos a visitar a China em quatro anos. Ele disse a eles que as relações entre ambos os países “determinarão o destino da humanidade”.

– A forma como China e EUA se entenderem e lidarem com um mundo em mudança e turbulência determinará o futuro e o destino da humanidade – comentou Xi.

A fala ocorreu durante a reunião com a delegação, liderada pelo líder da maioria democrata da Câmara dos Representantes dos EUA, Chuck Schumer. Xi acrescentou que EUA e China têm “mil razões para melhorar as suas relações” e “nenhuma para destruí-las”.

– Já disse mil vezes, a vários presidentes. Esta é a relação bilateral mais importante do mundo e a competição ou o confronto não resolverão os nossos respectivos problemas nem os do mundo – enfatizou Xi, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores chinês.

O desenvolvimento dos dois países é “uma oportunidade para cada um, não um desafio. As nossas economias estão profundamente integradas e podemos nos beneficiar do desenvolvimento um do outro. Neste momento de recuperação pós-pandemia, de mudanças climáticas, de conflito global, temos de coordenar e cooperar”, declarou.

Xi opinou que Washington deve ter “visão” e “respeitar a China” e “procurar uma cooperação benéfica”.

Schumer afirmou, de acordo com o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, que Washington e Pequim “vão moldar” este século e que os dois países devem, por isso, “gerir as suas relações de forma responsável e respeitosa”.

– O desenvolvimento e a prosperidade da China beneficiam o povo dos Estados Unidos. Não procuramos entrar em conflito com a China, nem procuramos desvincular-nos da China. Queremos reforçar o diálogo e a comunicação num espírito de abertura, franqueza e respeito mútuo – afirmou o senador norte-americano.

Schumer também se reuniu nesta segunda-feira com o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, que afirmou que EUA e China devem gerir as suas diferenças “de forma mais racional”.

– A crise na Ucrânia ainda não diminuiu e a guerra ressurgiu no Oriente Médio – disse Wang na reunião.

Ele acrescentou que a comunidade internacional “deve enfrentar todos os desafios, e China e Estados Unidos devem desempenhar os seus devidos papéis”.

A viagem da delegação manteve a tônica dos últimos meses, nos quais se assistiu a uma sucessão de visitas de representantes americanos à China, em uma tentativa de relançar as relações entre as duas potências, atualmente muito deterioradas.

Até agora, neste ano, visitaram Pequim o secretário de Estado, Antony Blinken, as secretárias do Tesouro e do Comércio, Janet Yellen e Gina Raimondo, e o enviado especial dos EUA para as mudanças climáticas, John Kerry.