Presidente chinês se reuniu, nesta segunda, com delegação de senadores americanos
Nesta segunda-feira (9), o presidente chinês Xi Jinping se reuniu em Pequim com a primeira delegação de senadores dos Estados Unidos a visitar a China em quatro anos. Ele disse a eles que as relações entre ambos os países “determinarão o destino da humanidade”.
– A forma como China e EUA se entenderem e lidarem com um mundo em mudança e turbulência determinará o futuro e o destino da humanidade – comentou Xi.
A fala ocorreu durante a reunião com a delegação, liderada pelo líder da maioria democrata da Câmara dos Representantes dos EUA, Chuck Schumer. Xi acrescentou que EUA e China têm “mil razões para melhorar as suas relações” e “nenhuma para destruí-las”.
– Já disse mil vezes, a vários presidentes. Esta é a relação bilateral mais importante do mundo e a competição ou o confronto não resolverão os nossos respectivos problemas nem os do mundo – enfatizou Xi, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores chinês.
O desenvolvimento dos dois países é “uma oportunidade para cada um, não um desafio. As nossas economias estão profundamente integradas e podemos nos beneficiar do desenvolvimento um do outro. Neste momento de recuperação pós-pandemia, de mudanças climáticas, de conflito global, temos de coordenar e cooperar”, declarou.
Xi opinou que Washington deve ter “visão” e “respeitar a China” e “procurar uma cooperação benéfica”.
Schumer afirmou, de acordo com o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, que Washington e Pequim “vão moldar” este século e que os dois países devem, por isso, “gerir as suas relações de forma responsável e respeitosa”.
– O desenvolvimento e a prosperidade da China beneficiam o povo dos Estados Unidos. Não procuramos entrar em conflito com a China, nem procuramos desvincular-nos da China. Queremos reforçar o diálogo e a comunicação num espírito de abertura, franqueza e respeito mútuo – afirmou o senador norte-americano.
Schumer também se reuniu nesta segunda-feira com o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, que afirmou que EUA e China devem gerir as suas diferenças “de forma mais racional”.
– A crise na Ucrânia ainda não diminuiu e a guerra ressurgiu no Oriente Médio – disse Wang na reunião.
Ele acrescentou que a comunidade internacional “deve enfrentar todos os desafios, e China e Estados Unidos devem desempenhar os seus devidos papéis”.
A viagem da delegação manteve a tônica dos últimos meses, nos quais se assistiu a uma sucessão de visitas de representantes americanos à China, em uma tentativa de relançar as relações entre as duas potências, atualmente muito deterioradas.
Até agora, neste ano, visitaram Pequim o secretário de Estado, Antony Blinken, as secretárias do Tesouro e do Comércio, Janet Yellen e Gina Raimondo, e o enviado especial dos EUA para as mudanças climáticas, John Kerry.