Nikolas protocola projeto contra banheiro por orientação sexual

“Não aceitaremos esta imposição”, destacou o deputado

Na noite desta sexta-feira (22), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que protocolou um projeto de decreto legislativo contra a resolução nº 2, de 19 de setembro de 2023, do Ministério dos Direitos Humanos, que orienta escolas a aderir banheiros por orientação sexual, não apenas por sexo biológico. O parlamentar usou as redes sociais para comentar a decisão.

Nikolas destacou que outros deputados da oposição serão co-autores do projeto. Ele ressaltou que “banheiro não é questão ideológica”.

– Protocolei Projeto de Decreto Legislativo para sustar Resolução do Ministério dos Direitos Humanos que garante o uso de banheiros e vestiários nas escolas de acordo com a “identidade ou expressão de gênero” de cada aluno. Estou fazendo em conjunto com deputados da oposição que serão co-autores. Banheiro não é questão ideológica, mas sim anatômica e biológica. Não aceitaremos esta imposição – apontou o deputado.

BANHEIROS POR ORIENTAÇÃO SEXUAL
No Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (22), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, por meio do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Trans., Queers e Intersexos, publicou uma resolução que garante direitos a pessoas trans em instituições de ensino.

A resolução nº 2, de 19 de setembro de 2023, “estabelece parâmetros para a garantia das condições de acesso e permanência de pessoas travestis, mulheres e homens transexuais, e pessoas transmasculinas e não binárias – e todas aquelas que tenham sua identidade de gênero não reconhecida em diferentes espaços sociais – nos sistemas e instituições de ensino”.

O documento tem 12 artigos com orientações e providências que garantem desde o direito do uso do nome social para estudantes, até a questão do uso do banheiro de acordo com a identidade do estudante, não de acordo com o sexo biológico.

O texto chega a conceituar o que é expressão de gênero, explicando que se trata da “forma em que cada pessoa apresenta o seu gênero através da sua aparência física – incluindo a forma de vestir, o penteado, os acessórios, a maquiagem – o gestual, a fala, o comportamento, os nomes e as referências pessoais”.

Em outra parte, a resolução vai orientar que as instituições de ensino – que não possuem um banheiro unitário – terão que permitir o uso do banheiro masculino e feminino para pessoas biologicamente do sexo oposto, porque se assumem, naquele momento, como pessoas trans ou não binárias.

– Deve ser garantido o uso de banheiros, vestiários e demais espaços segregados por gênero, quando houver, de acordo com a identidade e/ou expressão de gênero de cada estudante – diz o artigo 5º da resolução.

O artigo seguinte vai propor formas de evitar a discriminação e violência contra esse grupo:

– Devem, ainda, ser implementadas as seguintes ações no sentido de minimizar os riscos de violências e/ou discriminações: I – sempre que possível, instalação de banheiros de uso individual, independente de gênero, para além dos já existentes masculinos e femininos nos espaços públicos; II – realização de campanhas de conscientização sobre o direito à autodeterminação de gênero das pessoas trans e suas garantias; e III – fixação de cartazes informando se tratar de espaços seguros e inclusivos para todas as pessoas.

Leia o documento na íntegra aqui.

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