Defesa de Tatá Werneck acionará a Justiça após quebra de sigilo

Advogados da atriz sustentam que ela não cometeu crime e que não poderia saber que a empresa se envolveria em fraude

A defesa da atriz Tatá Werneck anunciou que tomará “medidas judiciais cabíveis” contra a decisão da Comissão da Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, que nesta quarta-feira (23) aprovou um requerimento para quebrar o sigilo bancário dela, do ator Cauã Reymond e do apresentador Marcelo Tas.

Os três foram incluídos em um requerimento de quebra de sigilo, apresentado pelo deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP), por terem feito propaganda em 2018 e em 2019 para a empresa de criptomoedas Atlas Quantum, suspeita de lesar cerca de 200 mil investidores, numa pirâmide estimada em R$ 7 bilhões.

Em nota, os advogados Maíra Fernandes, Guilherme Furniel e Ricardo Brajterman, que representam a atriz, afirmam que a artista não cometeu crime algum. Além disso, a defesa sustenta que a campanha publicitária da qual ela participou aconteceu há cinco anos, quando, segundo os representantes de Werneck, “nada havia que desabonasse” a Atlas Quantum.

– Ela jamais foi sócia, investidora ou participou dos lucros da empresa, motivo pelo qual considera a quebra de sigilo absurda e totalmente descabida para o que se pretende investigar na CPI – declararam os advogados.

Além disso, os advogados da atriz também alegaram que “como artista, ela não poderia jamais prever que a empresa se envolveria em fraudes anos depois”.

– Admitir que os artistas sejam responsabilizados por possíveis erros futuros de empresas para as quais tenham feito propaganda – e que sequer continuam contratados – significaria o fim da publicidade no Brasil – apontaram.

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