Anderson Torres é chamado para prestar esclarecimentos sobre suposta omissão em atos de vandalismo
O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, está agendado para prestar depoimento na quinta-feira (10) à CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do DF. A sessão está marcada para as 10h.
Segundo informações confirmadas pelo advogado de Torres em 9 de agosto, ele comparecerá à audiência na Casa. No dia 8 de agosto, o ex-ministro já havia prestado declarações à CPMI dos Atos Golpistas.
Essa não é a primeira vez que Anderson Torres é convocado pelos parlamentares distritais. Em março, ele inicialmente aceitou participar da CPI, mas posteriormente desistiu, revogando sua decisão.
O ex-secretário está sob investigação da Polícia Federal por suspeitas de ter sido omisso e conivente com os atos de vandalismo ocorridos em Brasília em 8 de janeiro. Na época, Torres era o responsável pela segurança na capital federal. Ele nega veementemente as acusações.
Anderson Torres foi detido em 14 de janeiro e liberado em 11 de maio por ordem do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, ele está sujeito a medidas cautelares que incluem o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar o Distrito Federal à noite e nos fins de semana, afastamento temporário do cargo de delegado da Polícia Federal, comparecimento semanal perante a Justiça, entre outras restrições.
A CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal também tem agendados outros três depoimentos para este mês:
- 17 de agosto: Leonardo de Castro Cardoso, diretor do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal;
- 24 de agosto: Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel do Exército Brasileiro e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro;
- 31 de agosto: Reginaldo de Souza Leitão, coronel da Polícia Militar do Distrito Federal.
