Em nota, Secretaria da Segurança Pública afirma que mortes no Guarujá ocorreram após suspeitos entrarem em confronto com policiais
São Paulo – A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou, nesta terça-feira (1º/8), que 12 pessoas morreram durante ações policiais no Guarujá, no litoral do estado, desde a última quinta-feira (27/7), quando o soldado da Polícia Militar Patrick Bastos Reis foi morto durante patrulhamento em uma comunidade da cidade.
Segundo a pasta, as vítimas foram baleadas após entrarem em confronto com policiais. O comunicado fala ainda em 32 suspeitos presos.
Policial da Rota é morto em Guarujá Reprodução
PM da Rota Patrick Bastos Reis baleado e morto durante patrulhamento no Guarujá Divulgação/Polícia Milit
11234567
“A Operação Escudo para repressão ao tráfico de drogas e ao crime organizado segue em curso na Baixada Santista. 32 suspeitos já foram presos e 20,3 quilos de drogas e 11 armas apreendidas. Doze suspeitos morreram ao entrarem em confronto com as forças de segurança desde o início da operação. Por determinação da SSP, todos os casos são investigados pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Santos e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar (IPM)”, diz a Secretaria de Segurança Pública em nota.
Até essa segunda-feira (31/7), a pasta falava em dez mortos. A Ouvidoria das Polícias afirma que o número pode chegar a pelo menos 19.
Governo nega excessos
Em entrevista coletiva realizada nessa segunda-feira (31/7), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, negou que tenha havido excesso por parte dos policiais militares durante as ações. Tarcísio tratou como “narrativa” a denúncia da Ouvidoria de que teria havido um caso de tortura.
“Cada ocorrência é investigada. Não há ocorrência que não seja investigada. Agora, não podemos permitir que a população seja usada e não podemos sucumbir a narrativas. A gente está enfrentando o tráfico de drogas. A gente está enfrentando o crime organizado, e a gente tem de ter consciência disso”, afirmou.
“Nós tivemos 10 prisões. Aqueles que resolveram se entregar foram presos e apresentados à Justiça. O atirador do disparo foi preso, entregue à Justiça, como tem de ser. A gente não quer de maneira nenhuma o confronto”, continuou o governador.