Perguntado sobre Lula, Zanin nega que ficará subordinado

“Um ministro do STF só pode estar subordinado à Constituição”, declarou ele em sabatina

Indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin afirmou em sabatina nesta quarta-feira (21) no Senado que não ficará “subordinado a quem quer que seja”, caso seu nome seja aprovado para a Suprema Corte.

A declaração foi feita após o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) questionar a proximidade que ele possui com o chefe do Executivo. Zanin é amigo pessoal do petista e o defendeu em processos que Lula enfrentou na Operação Lava Jato.

– Fiquei muito honrado com a indicação do presidente Lula. Ao longo dos últimos anos, tive a oportunidade de conviver com o presidente Lula e entender a sua visão sobre os papeis institucionais e o papel do magistrado. Acredito que estou aqui indicado pelo fato dele ter conhecido meu trabalho jurídico na advocacia e por ter a certeza de que eu, uma vez nomeado e aprovado, vou me guiar pela Constituição e pelas leis, sem qualquer tipo de subordinação a quem quer que seja. Um ministro do STF só pode estar subordinado à Constituição – respondeu Zanin.

Chamado de “advogado pessoal” e “advogado de luxo”, Zanin ainda se defendeu dos termos.

– Sou advogado. Alguns me rotulam como advogado pessoal, porque lutei contra interesses pessoais, sempre respeitando as leis brasileiras e a Constituição. Também me classificam como advogado de luxo, porque defendi, estritamente com base nas leis brasileiras causas empresariais de agentes institucionais importantes para a economia e que empregam milhares de pessoas. Ainda me chamam de advogado de ofício, como se fosse um demérito. Repito sempre que procurei desempenhar minha função lutando com maestria acreditando no que é mais caro para qualquer profissional do direito: a Justiça – declarou.

Antes da sabatina, o advogado contatou 70 dos 81 senadores a fim de articular a aprovação de seu nome. Para chegar ao STF, Zanin precisará do apoio de ao menos 41 parlamentares da Casa.

– Tive a honra de conversar com muitas lideranças, e bancadas e senadores e senadoras individualmente. Pude ouvir, aprender e ter a certeza de que posições democráticas estão acima de quaisquer outros interesses – disse ele no discurso de abertura.

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