PCC alugou imóveis perto da casa de Moro para monitorá-lo

Um olheiro do PCC fazia campana na frente da casa do senador

Membros do PCC alugaram chácaras, casas e até um escritório perto de endereços do senador Sergio Moro (União Brasil) para monitorá-lo. Nesta manhã, a Polícia Federal deflagrou uma operação para impedir um plano da facção para matar o ex-juiz da Lava Jato.

A informação foi divulgada pelo site g1. Além de Moro, outros servidores públicos e autoridades eram alvos do PCC.

As investigações da PF apontam que os alvos da operação de hoje planejavam cometer homicídios e realizar sequestros por causa de uma portaria do governo que proibia visitas íntimas em presídios federais.

De acordo com a PF, os atentados começaram a ser planejados no ano passado.

As apurações da PF indicam também que parentes de Moro teriam sido monitorados por meses pelo PCC.

Após um alerta feito pelo Gaeco de São Paulo, Moro e sua família passaram a contar com escolta da PM do Paraná.

De acordo com o site R7, um olheiro do PCC fazia campana na frente da casa do ex-juiz da Lava Jato.

PF acha esconderijo em ação contra organização criminosa suspeita de planejar morte de Moro

Moro afirma ser alvo da facção; quando ministro, ele definiu a transferência do Marcola e outros presos para presídios de segurança máxima

PF encontra esconderijo em operação contra núcleo do PCC que tinha Sergio Moro como alvo:

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A Polícia Federal localizou, na manhã desta quarta-feira, 22, esconderijos de criminosos em endereço alvo da Operação Sequaz, que é realizada contra organização criminosa que pretendia realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro, em pelo menos cinco Estados. A informação sobre o esconderijo é da Folha de S. Paulo.

À CNN, Moro repudia ataque e diz que fala de Lula pode gerar risco a seus familiares

Presidente afirmou, em entrevista, que pensava em “f. o Moro” quando estava na prisão; em resposta, ex-juiz diz nunca ter ofendido o petista

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) respondeu, em entrevista à CNN nesta terça-feira (21), às críticas feitas a ele pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante entrevista ao portal de esquerda Brasil 247.

Na conversa, Lula relembrou o período em que esteve preso em Curitiba: “De vez em quando ia um procurador, de sábado ou de semana, para visitar, ver se estava tudo bem. Entravam três ou quatro procuradores, e perguntavam: ‘tá tudo bem?’ E eu respondia: ‘não tá tudo bem, só vai estar bem quando eu f…. esse Moro’”.

Segundo Moro, “quando o presidente utiliza essa fala, ele gera até certo risco para mim e para a minha família”.

“Eu repudio essa fala do presidente Lula. Fala de baixo calão, utilizando termos grosseiros, de uma forma que eu nunca me reportei a ele”, acrescentou o parlamentar.

Ainda de acordo com o senador, Lula “feriu a liturgia do cargo”. Moro questionou se a fala não seria uma forma de “desviar o foco das falhas do governo federal” e, em seguida, fez críticas à gestão do presidente.

“O presidente está se vingando da população brasileira porque o governo não está apresentando resultados. Houve um crescimento econômico pífio em decorrência do grande descontrole fiscal do governo”, avaliou Moro.

Moro defende atuação na Lava Jato

“Lula foi condenado por nove magistrados, não foi somente eu. No tribunal em Porto Alegre, três juízes mantiveram a sentença. E depois essa decisão foi mantida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, por outros cinco magistrados.”

“Houve sim a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Porém, o STF nunca disse que Lula era inocente ou que ele teria sido absolvida das responsabilidades”, concluiu Moro.

Veja a íntegra da entrevista no vídeo acima.

(Publicado por Lucas Schroeder)

O ex-juiz e atual senador do Paraná Sergio Moro (União Brasil) afirma que foi um dos alvos dos criminosos (veja abaixo). Enquanto era ministro de Segurança Pública, ele definiu a transferência do chefe do PCC, Marcola, e de outros integrantes para presídios de segurança máxima, ao defender que o isolamento de organizações criminosas seria uma forma de enfraquecê-las. A facção atua dentro e fora dos presídios brasileiros e também internacionalmente

De acordo com as investigações da PF, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea em Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulos. Mas, segundos a investigação, os principais suspeitos se encontravam em cidades paulistas e paranaenses.

Cerca de 120 policiais federais cumprem 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná.

PF acha esconderijo em ação contra grupo que planejou morte de autoridades
PF acha esconderijo em ação contra grupo que planejou morte de autoridadesFoto: Reprodução/Twitter/Folha de São Paulo

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“O nome da operação se refere ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém, devido ao método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações as possíveis vítimas”, informou a PF.

Nas redes sociais, Moro afirmou que foi um dos alvos dos criminosos. “Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado”, disse o senador em postagem no Twitter, que agradeceu a PF e demais autoridades de segurança envolvidas na operação.

Sobre os planos de retaliação do PCC contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e…— Sergio Moro (@SF_Moro) March 22, 2023

Operação Sequaz
Operação SequazFoto: Polícia Federal