GDF e blocos unidos em campanha de doação de sangue 

Ônibus da Fundação Hemocentro estará no Parque da Cidade na terça-feira (14) para reforçar o estoque antes do Carnaval 

O Carnaval da Paz será também o da solidariedade. Nesta quinta-feira (9), o Governo do Distrito Federal (GDF) e os blocos carnavalescos definiram uma campanha para doação de sangue, o que permitirá o reforço no estoque antes das festividades.

Nesta quinta-feira (9), a governadora em exercício, Celina Leão, e outros gestores do GDF se reuniram com representantes de blocos carnavalescos sobre campanha de incentivo à doação de sangue | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

Na terça-feira (14), o recém-lançado ônibus da Fundação Hemocentro estará no estacionamento 12 do Parque da Cidade para colher o sangue de doadores. O evento vai ocorrer das 9h às 17h e vai contar com a presença dos Bloco das Montadas, Plataforma da Diversidade, Baratona, Bloco dos Prazeres e outros. Um dia antes, na segunda-feira (13), será lançado oficialmente o Carnaval de Brasília.

“MUITAS FAMÍLIAS VIAJAM NESSE PERÍODO E, COM OS ACIDENTES, AUMENTA A DEMANDA POR SANGUE NOS PRONTOS-SOCORROS. É IMPORTANTE FAZER ESSE ESTOQUE ANTES DO CARNAVAL PARA ATENDERMOS AS CIRURGIAS”OSNEI OKUMOTO, PRESIDENTE DO HEMOCENTRO

A ação foi definida em reunião no Palácio do Buriti, com a presença dos secretários de Governo, José Humberto Pires de Araújo; de Comunicação, Weligton Moraes; de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues; do presidente da Fundação Hemocentro, Osnei Okumoto; e de representantes dos blocos.

“Se nós vamos fazer o Carnaval da Paz, por que não fazemos também um carnaval solidário? É uma campanha muito importante e uma ação que pretendemos manter ao longo do ano e aprimorar para o próximo ano”, indagou José Humberto Pires de Araújo.

A unidade móvel do Hemocentro tem capacidade para até 100 doações, o que permite salvar 400 vidas. Gesto que fará diferença para a chegada do feriado, segundo o presidente do Hemocentro, Osnei Okumoto. “Muitas famílias viajam nesse período e, com os acidentes, aumenta a demanda por sangue nos prontos-socorros. É importante fazer esse estoque antes do Carnaval para atendermos as cirurgias”, pede.

Recém-lançado, o ônibus teve um investimento de R$ 2,4 milhões e conta com tecnologia inovadora, capaz de armazenar em temperatura adequada as bolsas de sangue coletadas no dia. No ano passado, a fundação fez uma média de 4,6 mil coletas por mês. A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem como meta mínima de 3% da população ser doadora de sangue. O DF está abaixo desse percentual, com 1,8%.

Para ajudar esse percentual a subir e o Carnaval do DF ser festejado da melhor forma, os blocos se uniram pela campanha. Coordenadora da Plataforma da Diversidade e integrante da Cia Mapati, Dayse Hansa tem 40 anos e doa sangue há 18. Ela considera a ação essencial e promete movimentar o bloco e atores da Mapati. “Sou doadora de sangue e de órgãos. Esse é um gesto de solidariedade mesmo, é ter um olhar para o outro com uma necessidade urgente. Levaremos atores ornamentados para o Parque da Cidade para engajar a campanha”, diz.

Representante do bloco As Montadas, Erivan dos Santos – a drag Ruth Venceremos – também vestiu a camisa da ação. “É muito importante a campanha, a doação de sangue é um valor. Nos colocamos à disposição para fazer ações além do Carnaval. Nosso bloco é jovem e sabemos que a juventude tem dificuldade de participar na doação de sangue”, complementa.

Doe sangue

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.

Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar. Quem teve covid-19 deve aguardar dez dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Já quem teve contato com pessoa diagnosticada ou com suspeita de covid-19 nos últimos sete dias fica impedido de doar sangue por sete dias após o último contato com a pessoa.