Ex-ministro Rebelo defende a legalização da mineração ilegal no Brasil em favor dos povos indígenas

Aldo Rebelo, ministro da defesa do ex-presidente brasileiro Dilma Rousseff, advertiu que a remoção dos extractores ilegais de ouro da Amazónia, como pretende o novo governo, não será fácil, e apelou à legalização da situação destas pessoas em benefício dos povos indígenas.

El exministro de Defensa de Brasil Aldo Rebelo. – O GLOBO / ZUMA PRESS

Rebelo também argumentou que “criminalizar” estas pessoas, acusadas de serem parcialmente responsáveis pela crise humanitária e alimentar na região, é contraproducente, uma vez que muitas destas comunidades indígenas “recebem dinheiro” deste tipo de actividade.

“Entre os Yanomami, eles apoiam a mineração. Isto cria conflito entre eles porque alguns o apoiam e recebem dinheiro e outros são contra”, disse Rebelo, citando o caso específico do grupo étnico Cintas Largas, que trabalha na extracção de diamantes nos seus territórios localizados entre Rondónia e Mato Grosso.

Neste sentido, optou, como fez a anterior administração do ex-presidente Jair Bolsonaro, pela regularização do trabalho destas pessoas, pois desta forma as comunidades indígenas receberiam o pagamento dos direitos de exploração das suas terras e com elas poderiam pagar a melhoria dos serviços.

“Há centenas de milhares de brasileiros que vivem ilegalmente. Eles já foram empurrados para a ilegalidade pela omissão do Estado”, disse Rebelo, que prevê que despojar estas pessoas deste trabalho poderia levá-las a cair nas mãos dos traficantes de droga.