Governo Lula dispensa mais 13 militares que atuavam no GSI

Dispensas foram publicadas na edição desta quarta-feira (18/1) do Diário Oficial da União (DOU), na esteira de mudanças de quadros militares

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispensou, nesta quarta-feira (18/1), mais 13 militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. A lista com o nome de todos os afastados foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU).

Os exonerados são militares que estavam lotados na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial e na Divisão Administrativa do GSI.

Enquanto isso, foram designados dois novos militares para funções no GSI: um para atuar na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial e outro para trabalhar na Secretaria de Assuntos de Defesa e Segurança Nacional.

Na terça-feira (17/1), foram dispensados 40 militares da Coordenação de Administração do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República. Embora a publicação não apresente justificativa para a dispensa, ela ocorre após a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, expor os danos no Alvorada encontrados pela equipe do atual mandatário depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desocupou o local.

A maioria dos integrantes do GSI são militares das Forças Armadas, que devem voltar para suas funções. Na Presidência, eles ficam responsáveis pelo esquema de segurança de autoridades e pelo resguardo dos palácios.

O ministro da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa, disse que a troca de assessores comissionados da administração federal — que ficou conhecida como “desbolsonarização” — vai ocorrer em todos os ministérios, independentemente de serem quadros militares ou civis.

“Vocês têm acompanhado, desde que assumimos, um número grande de troca de pessoas, e assim seguirá. E vocês vão ver essas trocas mais intensas a partir do dia 23, quando eu diria que roda a chave no sistema para que os novos ministérios passem a existir nos sistemas eletrônicos, digitais do governo”, afirmou Rui Costa, após reunião no Ministério da Defesa.

“O grosso das nomeações e das exonerações será feito a partir do dia 23 até o fim do mês. Então, ainda tem muita gente pra sair e muita gente pra entrar, independente de a pessoa ser civil ou militar. Está se fazendo troca de pessoas, porque cargo comissionado é de extrema confiança do seu chefe imediato, seja ele o ministro ou o secretário.”