Organizações não se abalam com ida de Bolsonaro aos EUA: “Parte do plano”

Militantes que esperam por uma ação para impedir posse de Lula também justificam nomeação de assessores para 2023

Segundo reportagem do site metrópoles, a cinco dias do fim do mandato de Jair Bolsonaro (PL), começaram a circular com força duas informações com potencial para abalar as esperanças de militantes radicais, que ainda sonham com um golpe de Estado: a de que o presidente viaja nesta quarta (28/12) para a Flórida, nos Estados Unidos, e a que ele nomeou os assessores que lhe prestarão serviços no ano que vem, quando deixar o cargo.

Mas perfis bolsonaristas em redes sociais e aplicativos de troca de mensagens não demoraram a transformar os reveses em peça de um suposto plano.

Com a notícia de que o presidente deve mesmo viajar para o exterior começaram a circular mensagens em áudio e texto que a ida aos EUA não é “parte do plano”.

Uma mensagem em texto que está circulando com força em grupos monitorados pela reportagem inventa que o general da reserva Walter Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro, teria ido ao Pentágono, comando militar dos EUA, sido informado de “um plano internacional de assassinato do Bolsonaro” e que a consequência seria que “por tal razão ele não deve permanecer no Brasil”.

O mesmo texto diz que a viagem do presidente não irá atrapalhar os planos, “mesmo porque as medidas saneadoras não serão procedidas por ele, mas pelos militares” e que “os globalistas serão todos processados por tribunais internacionais por todos os atentados contra a humanidade e todos, independentemente de seus patrimônios e finanças serem gigantes, serão condenados e as penas serão de perpétua e execução – e eles sabem disso”.

Tem sido espalhado também em mensagens de áudio, que dizem ainda que o presidente precisa “colocar sua esposa e filha a salvo no exterior antes de agir”.

Sobre a nomeação dos assessores para o futuro ex-presidente, também há uma explicação, divulgada inicialmente por um perfil bolsonarista no Twitter e depois replicada nos grupos: “Se houver uma intervenção pelo artigo 142 da Constituição, o presidente da República ficará afastado por um período da presidência. Então, nomear sua equipe técnica é natural”, diz o texto. “Deve-se observar que alterações contidas no mesmo Diário Oficial deram super poderes ao Ministério da Defesa, GSI e AGU. Segue o plano”, completa o texto – mentindo.

Postagem golpista e mentirosa no TwitterReprodução/WhatsApp

Texto que circula com o selo “encaminhado com frequência” por grupos de WhatsApp

Fonte: Com informações do site Metrópoles