Presidente esquerdista do Peru foi preso depois de tentativa de golpe fracassado

Momento histórico no Peru. A tentativa de golpe pelo presidente do Peru, Pedro Castillo, saiu pela culatra.

Depois do anúncio em rede nacional do socialista Castillo em dissolver o Parlamento, declarar estado de emergência e querer governar “por decreto” causando perplexidade no povo peruano ele decretou a introdução do toque de recolher – para que as pessoas não se manifestassem, além de pedir a todos que possuem armas que as entregassem ao posto policial mais próximo em 72 horas.

O ex-professor, que inesperadamente tomou o poder da elite política tradicional do Peru, enfrentou crises sem parar, com repetidas remodelações do gabinete, múltiplas investigações de corrupção e protestos desde que foi eleito em julho do ano passado. Foram 3 as tentativas de impeachment em quase 18 meses de poder.

Castillo, estava em uma batalha de poder com o Congresso desde que o procurador-geral apresentou uma queixa acusando Castillo de liderando uma organização criminosa envolvendo sua família e aliados que distribui contratos públicos em troca de dinheiro.

Castillo está sob investigação em seis casos de corrupção, incluindo acusações contra sua família e comitiva política, no entanto, ele não pôde ser julgado enquanto estava no cargo, com seu mandato apenas para terminar em 2026.

Após decretar estado de exceção, uma sessão de emergência do Parlamento foi convocada, e Castillo destituído por “permanente incapacidade moral”.

A moção de vacância foi apresentada com o apoio de 67 votos e admitida em debate com 101 votos a favor, seis contra e 10 abstenções.

O Congresso convocou Dina Boluarte, vice-presidente de Castillo, para assumir a presidência. Ela deve ser empossada às 15h de Lima (17h de Brasília).

A TV peruana mostrou Castillo e sua família deixando o palácio de governo. Além dele, estavam a mulher, Lilia Paredes, os filhos e a cunhada. Eles foram detidos quando estavam retirando seus pertences em sacolas.