Urgente: PL diz que Bolsonaro teve 51% dos votos no 2º turno e entra com ação no TSE

Partido do presidente pede invalidação de urnas com mau funcionamento

O presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para uma Verificação Extraordinária, pleiteando a anulação de votos feitos em modelos de urnas UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 nas eleições de 2022. De acordo com relatório apresentado ao Tribunal nesta terça-feira (22), Bolsonaro recebeu 51,05% dos votos e não 49,1% como divulgado oficialmente.

O presidente e seu partido, liderado por Valdemar Costa Neto, alegam “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” nos modelos de urnas mencionados.

– Em razão das rígidas conclusões verificadas no relatório técnico da auditoria, medido pelo qualificado Instituto Voto Legal, que aponta desconformidades irreparáveis de mau funcionamento das urnas eletrônicas com potencial pra macular o 2º turno das eleições presidenciais de 2022 – diz trecho do documento, representado pela Coligação Pelo Bem do Brasil (Partido Liberal, Republicanos e Progressistas).

O documento tem 33 páginas e pede a anulação de votos computados em um total de 250 mil urnas, conforme Valdemar Costa Neto já havia adiantado, por meio de um vídeo, no último fim de semana.

Texto de representação no TSE Foto: Reprodução/CNN Brasil

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Partido de Bolsonaro entra com sete ações contra Lula no TSE e acusa o petista de ‘discurso de ódio’

PL alega que Lula propagou “discurso de ódio” por ter chamado presidente de “fascista”, “genocida”, “negacionista” e “desumano”.Ex-presidente Luiz Inácio Lula da SilvaEx-presidente Luiz Inácio Lula da Silva28/07/2022REUTERS/Adriano Machado

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, entrou com sete representações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por propaganda eleitoral antecipada, infringindo o calendário eleitoral. A campanha só começa oficialmente a partir de 16 de agosto.

Nos processos, os advogados do partido de Bolsonaro alegam que Lula propagou “discurso de ódio” por ter chamado o mandatário do Palácio do Planalto de “fascista”, “genocida”, “negacionista” e “desumano”.

O PL pede que o TSE que Lula seja condenado à pena máxima prevista no artigo 36 da Lei Eleitoral, que versa sobre a irregularidade da propaganda antecipada. De acordo com a legislação, a multa mais alta é de R$ 25 mil, além de determinar a retirada da internet dos vídeos com os discursos do petista.

De acordo com as representações, ao usar os termos mencionados, Lula “proferiu gravíssimas ofensas à honra e à imagem do atual presidente da República, bem como realizou verdadeiro discurso de ódio contra seu opositor, o que reforça a gravidade dos atos”.

“Tal o quadro, uma vez que as gravíssimas ofensas proferidas pelo segundo representado atentam contra a esfera jurídica de proteção aos direitos humanos do ofendido, incita a disseminação do ódio e erodem a democracia e o legítimo debate político-eleitoral”, dizem os advogados do PL.

De acordo com o partido de Bolsonaro, “não foram tecidas críticas políticas, naturais e idôneas, sobre posturas governamentais do mandatário maior do Brasil, típicas de um bom e saudável debate democrático! Bem longe disso! Fez-se imputação grosseira, rude e desinibida, individual e direta, de crime (!) de genocídio ao Presidente Jair Bolsonaro, responsabilizando-o, sem peias, por mortes em profusão”.

Ainda segundo o PL, Lula fez propaganda antecipada positiva a seu favor, tendo, inclusive, pedido votos, mesmo que de “forma dissimulada”, além de ter feito propaganda antecipada negativa contra Bolsonaro. O partido do presidente também afirma que o petista fez promessas de campanha.

“Das imagens, que contam com grande número de pessoas presentes, bem como com o uso expressivo de bandeiras, banners e cartazes, vê-se o pré-candidato à Presidência da República, numa exaltação típica de candidaturas em sentido material, fazer as mais diversas promessas de campanha – de fim da fome à empréstimo por bancos públicos –, a serem levadas a efeito caso seja eleito”, diz trecho de algumas das representações.

O PL cita discursos de Lula em Brasília (em 12 de julho), Garanhuns-PE (20 de julho), Serra Talhada-PE (20 de julho), Recife (21 de julho), Fortaleza (30 de julho), Campina Grande-PB (2 de agosto) e Teresina (3 de agosto).

As sete ações do PL contra Lula foram distribuídas entre os três ministros responsáveis por analisar propaganda eleitoral no TSE: Raul Araújo, que ficou com três, Cármen Lúcia, com duas, e Maria Claudia Bucchianei, também com duas.

Procurada, a campanha de Lula disse que não vai se manifestar.