Augusto Nunes: ‘Roberto Jefferson teve enorme intimidade com o governo Lula’
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Relembre:
2005: CPI dos Correios investiga pagamentos a Roberto Jefferson e ao PTB
Um vídeo divulgado em maio de 2005 foi o estopim de uma das maiores crises políticas brasileiras. As imagens de câmara escondida revelaram que o diretor dos Correios, Maurício Marinho, recebia dinheiro de fornecedores em nome do deputado Roberto Jefferson, na época presidente do PTB, partido da base aliada. Imediatamente, a oposição se articulou para criar uma CPI. O governo também agiu rápido, determinando uma investigação da Polícia Federal e uma sindicância interna na tentativa de desviar o foco da Comissão. Então ministro da articulação política, Aldo Rebelo ainda reagiu dizendo que a CPI tinha em vista a sucessão presidencial no ano seguinte. No calor do escândalo, o petebista Roberto Jefferson não só declarou inocência, como prometeu fidelidade a Lula.
A artilharia pesada não surtiu efeito. A oposição conseguiu rapidamente os nomes necessários para a abertura da CPI. Para barrar a Comissão, o governo fez de tudo: propôs a retirada de assinaturas, atrasou a nomeação de membros e entrou com recursos na Comissão de Constituição e Justiça. Mas não teve jeito, a primeira investigação política contra a gestão Lula foi instalada em junho. A lealdade de Jefferson, acuado por outras denúncias, também ruiu pouco depois. Desconfiado do governo, o deputado revelou um arsenal de denúncias do esquema que ficou conhecido como ‘mensalão’ e provocaria um quebra-quebra na administração petista.
