Delegada que afastou tese de atentado contra Tarcísio arquivou caso Celso Daniel

Polícia afasta tese de atentado com motivação política contra Tarcísio de Freitas

A delegada Elizabete Sato, diretora da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), que descartou a tese de atentado com motivação política no tiroteio ocorrido em Paraisópolis (SP), é a mesma que, em 2006, arquivou o polêmico caso do assassinato do ex-prefeito petista de Santo André, Celso Daniel.

Conforme noticiou a imprensa na época, a delegada alegou falta de provas conclusivas.

No relatório final, ela diz que, apesar da “efervescência investigativa que suspeitava de crime político, tese defendida pelo Ministério Público de Santo André e pelos irmãos da vítima, certo é que estes dois últimos não apresentaram (…) qualquer indício que redundasse em prova”.

Sato costuma dar entrevistas à imprensa para falar sobre crimes contra a mulher e já foi vista como exemplo de presença feminina na polícia.

Nesta semana, após o tiroteio, A polícia disse “não considerar” que o caso tenha sido um atentado contra o candidato ao governo.

A discussão do tiroteio que interrompeu a agenda de campanha do candidato ao governo de SP, Tarcísio de Freitas, movimenta as redes sociais. De um lado, a tese de atentado é corroborada pelo alinhamento a Bolsonaro, defensor da segurança pública, da polícia e do armamento civil. No governo Bolsonaro, houve uma queda de mais de 20% de homicídios no país, o que o governo credita à política armamentista que teria desmotivado o crime violento.

De outro lado, a esquerda tenta minimizar o atentado classificando-o como coincidência do tiroteio ter ocorrido quando a comitiva de Tarcísio estava na região, em Paraisópolis.