Campanha de Lula tenta associar Bolsonaro a canibalismo mas é proibida pelo TSE

Apesar de ter caráter imediato, a medida do ministro Paulo de Tarso Sanseverino foi tomada de forma liminar

Presidente Jair Bolsonaro (PL) é candidato à reeleição nas eleições de 2022

Ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)Paulo de Tarso Sanseverino determinou na noite deste sábado, 8, que a campanha de Lula (PT) interrompa a veiculação de uma propaganda que associa o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao canibalismo. A decisão atende o pedido do chefe do Executivo, que é candidato à reeleição.

Apesar de ter caráter imediato, a medida foi tomada de forma liminar pelo juiz. Desta forma, ela precisará passar pelo plenário, sendo analisada por todos os ministros do Tribunal.

“Na forma em que divulgadas as mencionadas falas do candidato Jair Messias Bolsonaro, retiradas de trecho de antiga entrevista jornalística, há alteração sensível do sentido original de sua mensagem, porquanto sugere-se, intencionalmente, a possibilidade de o candidato representante [Bolsonaro] admitir, em qualquer contexto, a possibilidade de consumir carne humana e não nas circunstâncias individuais narradas no mencionado colóquio, o que acarreta potencial prejuízo à sua imagem e à integridade do processo eleitoral que ainda se encontra em curso”, considerou Sanseverino.

“A reportagem se refere a uma experiência específica dentro de uma comunidade indígena, vivida de acordo com os valores e moralidade vigentes nessa sociedade”, acrescentou em sua decisão.