Durval Barbosa, delator da Caixa de Pandora, é esfaqueado pela esposa na Asa Sul, em Brasília

Ex-delegado da Polícia Civil está em observação no hospital. Motivação do crime não foi divulga

Delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, em imagem de arquivo — Foto: TV Globo/Reprodução

O ex-delegado da Polícia Civil do Distrito Federal e delator da operação “Caixa de Pandora” (relembre abaixo), Durval Barbosa, foi esfaqueado, nesta segunda-feira (19), e está internado em um hospital, “em observação”. De acordo com a polícia, o crime foi cometido pela esposa de Durval, em um apartamento na quadra 114, da Asa Sul.

A Polícia Civil informou que a mulher foi presa em flagrante. A Polícia Militar contou que foi chamada, durante a tarde, para atender uma ocorrência de violência doméstica e, ao chegar ao endereço, encontraram Durval Barbosa esfaqueado.

Aos policiais, a mulher contou que teria “entrado em vias de fato” com o marido e, para se defender, o esfaqueou. O ex-delegado e ex-secretário do GDF foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros com um ferimento no abdômen.

A polícia não disse a quem pertence o apartamento. A investigação é feita pela 1ª DP, da Asa Sul.

O escândalo conhecido como ‘Caixa de Pandora’

O escândalo que ficou conhecido como Caixa de Pandora, ou mensalão do DEM, envolvia a compra de apoio de deputados distritais na Câmara Legislativa do DF (CLDF) pelo governo José Roberto Arruda, em 2009.

Naquele ano, a TV Globo revelou imagens do ex-governador José Roberto Arruda recebendo uma sacola com R$ 50 mil das mãos de Durval Barbosa – que era secretário de Relações Institucionais do governo e, depois, se transformou no delator do esquema.

O vídeo foi gravado em 2006, e deu origem às investigações. À época, Arruda informou que o dinheiro era uma doação para a compra de panetones que seriam entregues para famílias carentes de Brasília.

O ex-governador chegou a apresentar quatro recibos, declarando o recebimento do dinheiro “para pequenas lembranças e nossa campanha de Natal”, de 2004 a 2007

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Arruda forjou e imprimiu os quatro documentos no mesmo dia, na residência oficial do GDF, em Águas Claras. Em seguida, os papéis foram rubricados por Durval Barbosa. A impressora foi apreendida pela Polícia Federal, em 2010, e uma perícia comprovou a fraude.

Fonte: G1