PIB do Brasil tem o sétimo maior crescimento do mundo no segundo trimestre; veja ranking

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Holanda lidera a lista, que inclui 29 das maiores economias globais

PIB do Brasil tem o sétimo maior crescimento do mundo no segundo trimestre; veja ranking

Fábrica da Volkswagen: indústria cresceu 2,2% Marcia Foletto

Com o crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, o Brasil ficou entre as dez economias que mais cresceram no período, segundo ranking elaborado pela agência de classificação de risco Austin Rating com desempenho de 29 países.

O país ocupou a sétima colocação no levantamento, ficando à frente de economias consideradas desenvolvidas, como Itália e Espanha, que ocuparam o oitavo e nono lugares, respectivamente.

Em primeiro lugar, ficou a Holanda, com crescimento de 2,6% entre abril e junho deste ano. Em segundo, ficou a Turquia, com expansão de 2,1% e, em terceiro lugar a Arábia Saudita, com crescimento de 1,8%.

A posição do Brasil chama a atenção porque o país sempre aparece em posições intermediárias ou na rabeira do ranking elaborado pela Austin. O país, por exemplo, terminou o ano de 2021 na 21ª posição neste mesmo ranking.

— Poucas vezes o Brasil ficou entre as dez economias que mais crescem num trimestre. Foi neste agora e no passado, quando ocupou a nona colocação — diz

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Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, lembrando que na média geral do trimestre, o crescimento dos 24 países foi de 0,6%.

Segundo a agência de classificação de risco, a média anual de crescimento da economia brasileira entre 2012 e 2021 ficou em 0,4%.

No mesmo período, o mundo cresceu em média 3% por ano, as economias emergentes do chamado Brics — grupo que reúne Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul — tiveram expansão de 3,4%, e os países desenvolvidos da Europa e os Estados Unidos cresceram 1,2%.

— O baixo investimento e situação fiscal descontrolada pesam sobre esse desempenho ruim nos últimos anos. São fatores quase estruturais — diz Agostini.

O economista da Austin observa que mesmo com juros altos, o efeito da antecipação do 13º salário no primeiro semestre e do saque de R$ 1 mil do FGTS surtiram efeito positivo sobre o consumo das famílias. Ele observa que o investimento também chamou a atenção no segundo trimestre.

— O crescimento de 1,2% surpreendeu. O setor de serviços cresceu, mas a indústria também mostrou expansão de 2,2% no período — disse.